”Não existe nada mais subversivo do que um subdesenvolvido erudito” http://bit.ly/b5YfFw

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Meus pensamentos e idéias



"Não existe nada mais subversivo do que um subdesenvolvido erudito"



Uma forma de higiêne mental onde busco sintonizar e melhorar a forma de pensar referente aos temas que julgo haver relevancia. UM ABRAÇO e OBRIGADO PELA VISITA, AAah deixem algum comentário, participem da Enquete ou apenas um simples Oii.. é muito importante:



Gilvan Silva Gallo

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os 7 mandamentos do fígado

O fígado digere gorduras, metaboliza o álcool e mantém o colesterol em ordem. Siga as dicas de quem entende e você vai passar incólume aos excessos das festas


O fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo, sozinho, recebe, por minuto, cerca de 1 litro e meio de sangue bombeado pelo coração. Além disso, consegue produzir duas xícaras por dia de bile, fluido que quebra as gorduras. Você sabia que sem ele não seria possível digerir uma refeição? O sangue ficaria espesso como água de esgoto e o nível de colesterol iria às alturas. “Nós o chamamos de laboratório do organismo. Se você não agredi-lo, ele cuida de todo o resto”, revela Luís Edmundo Pinto da Fonseca, médico hepatologista – especialista em fígado – do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Como a maioria dos homens, você provavelmente o danifica no bar, no churrasco ou mandando ver paracetamol toda vez que sente dor. Continue assim e você aumenta o risco de adquirir uma doença hepática, que pode matar. Para não chegar a esse extremo, siga nossas dicas.


7 mandamentos para a saúde do fígado

1. Pare na quarta lata

As noitadas estão cada vez mais freqüentes e alcoólicas? Cuidado, esse comportamento pode levar a uma das principais ameaças ao fígado, a esteatose. Também conhecida como doença hepática gordurosa, ela ocorre quando você inunda o órgão com mais álcool do que ele agüenta. Primeiro o filtro de cerveja do seu corpo incha devido ao acúmulo de gordura dentro das células desse órgão, depois você fica com uma aparência mais amarela que a camisa da seleção brasileira. “A esteatose pode, literalmente, se desenvolver da noite para o dia”, diz Raymond Koff, hepatologista da Universidade de Massachusetts (EUA). Deixe seu fígado na reabilitação alguns dias e geralmente ele se recupera. Agora, se você continuar enchendo a cara, pode desenvolver o tecido cicatricial, que é grave e pode levar à cirrose – que mata. “O fígado de um homem tem um limiar para álcool de, em média, 80 gramas, ou umas seis latinhas de cerveja”, completa Koff. Beba menos do que isso de uma só vez e é muito improvável que você tenha algum dano hepatotóxico.

2. Exames de rotina

O fígado tem uma capacidade de funcionamento tão boa que, muitas vezes, o paciente já está à beira da morte e não sente dor. A esteatose, por exemplo, não é causada apenas pela bebida mas também por colesterol alto, obesidade e diabetes. “Quando se manifesta, essa doença desencadeia, no máximo, um desconforto do lado direito do abdome, abaixo da costela”, alerta Fonseca. Então, para saber se a situação é grave, faça check-ups periódicos. “O fígado fabrica a albumina, principal proteína do sangue. Daí a importância de se submeter a exames como o de coagulação. Ao dosar as enzimas hepáticas, veremos se as transaminases estão elevadas. Quando isso acontece, a situação se complica”, complementa.

3. Perca 5 quilos

A gordura encontrada na sua barriga saliente pode estar comprimindo os intestinos de tal forma que a qualquer momento você não conseguirá digerir tudo o que come. Assim as bactérias fazem as sobras fermentarem, criando um alambique de fabricação caseira no seu cólon. O resultado é a esteatose – e, o pior, você nem passa pelo prazer de encher a cara. Solução: perca peso e consuma iogurte. Está provado que um copo desse alimento por dia tem efeito antibacteriano e pode minimizar o risco de você desenvolver toxicidades no órgão.

4. Verifique a caixa de remédios

Você é daqueles que diante de qualquer mal-estar ou dor de cabeça jogam acetaminofen – analgésico também conhecido como paracetamol – goela abaixo? Saiba que ao fazer isso o organismo libera um subproduto danoso. ”Seu corpo pode lidar com pequenas quantidades dessa substância, porém grandes doses de uma só vez começam a destruir as células do fígado. E nem pense em beber, já que o álcool potencializa esse fenômeno”, ressalta Parise. “O problema do acetaminofen é que o nível da dose tóxica é muito próximo do nível da dose terapêutica”, enfatiza o médico William M. Lee, hepatologista da Universidade do Texas Southwestern (EUA). Para Fonseca, médico do Hospital Albert Einstein, o metabolismo suporta até 3 mil miligramas (quatro comprimidos de 750 miligramas) por dia. ”Uma overdose, que pode vir quando se ultrapassa esse limite, causa insuficiência hepática aguda. E da noite para o dia o transplante se torna a única salvação.” Agora, se você precisar de um analgésico no meio de uma bebedeira, tome dipirona.

5. Fique de olho no que consome

Se o acetaminofen pode corroer seu fígado, imagine o poder de um remédio de tarja vermelha ou preta. “Dependendo da droga, seus subprodutos podem ser relativamente inofensivos ou violentamente tóxicos”, afirma Adrian Di Bisceglie, diretor médico da Fundação Americana do Fígado. Então, se você toma algum medicamento há muito tempo, fale com seu médico e peça a ele que faça um teste de função hepática. Fique esperto também com outras substâncias que manda para dentro. Segundo o médico Luís Edmundo Pinto da Fonseca, os anabolizantes e a cocaína também são extremamente tóxicos ao fígado.

6. Lave tudo antes de comer

Só existe uma forma de a hepatite A infectar seu fígado: se você comer fezes, literalmente. Além de comida contaminada, o sexo faz com que você corra esse risco. “Trata-se de uma atividade muito íntima, mas que pode desencadear uma exposição à transmissão fecal-oral”, lembra Fonseca. Os frutos do mar, segundo ele, também trazem riscos, uma vez que grande parte deles é cultivada perto de pedras e esgotos.

7. Exija materiais descartáveis

Não dê bobeira. Em qualquer lugar onde você for utilizar agulhas e seringas, peça e certifique-se de estar usando peças e afins totalmente novos. Observe se a embalagem é aberta na sua presença. E não aceite agulhas esterilizadas. Pesquisadores da Universidade do Texas Southwestern constataram que freqüentar um estúdio de tatuagem e piercing aumenta em nove vezes a probabilidade de você contrair uma devastadora doença do fígado, a hepatite C. “Para evitar a contaminação, os cuidados devem ser os mesmos em relação ao HIV”, afirma Edison Parise, do Hospital Sírio-Libanês. Ou seja, tome cuidado também durante sessões de acupuntura e não use a lâmina de barbear do colega ou do irmão. O risco não vale a pena, pois a doença é devastadora.

Na medida

Tudo na vida tem limite, até a bebida

Você não quer encarar uma ressaca nas festas de fim de ano, certo? Antes de perder a conta do número de doses, faça os cálculos para não ultrapassar o limite aceitável de 80 gramas de álcool por dia. É fácil: multiplique o teor alcoólico da bebida, que está no rótulo, pela quantidade de mililitros ingeridos. Veja o exemplo considerando a cerveja: 0,05 x 355 ml = 17,75. Você vai precisar parar na quarta latinha. Aqui nós mostramos o teor de algumas bebidas para facilitar sua vida.

• Cerveja – 5%
• Vinho tinto – 12%
• Saquê – 15,5%
• Tequila – 38%
• Vodca – 40%
• Pinga – 40%
• Uísque – 43%
Veja o volume das doses
• 1 dose – 100 ml
• 1 taça – 100 ml
• 1 garrafa – 600 ml
• 1 lata – 350 ml
• 1 long neck – 355 ml
Fonte: Luís Edmundo Pinto da Fonseca


Por dentro das hepatites
Hepatite A

Como ataca: inflamação do fígado causada pelo vírus HAV. Rara, a transmissão é fecal-oral (comida contaminada ou sexo). É como uma virose que normalmente não chega à cirrose mas pode produzir inflamação e necrose do fígado.
Sintomas: dor na parte direita do abdome e na cabeça, fezes claras, vômitos, urina escura, falta de apetite, febre e amarelamento de pele.

Hepatite B

Como ataca: inflamação do fígado provocada pelo vírus HBV. Campeã em transmissões, seu contágio é pelo sangue, sêmen ou saliva. Cerca de 6% dos homens que pegam a infecção acabam desenvolvendo doença hepática crônica. E em muitos pacientes o quadro evolui para cirrose.
Sintomas: febre, náuseas, dor de cabeça, urina turva e escura, fezes claras e coceiras no corpo.

Hepatite C

Como ataca: seu vírus (HCV) é transmitido pelo sangue e não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que pode causar cirrose e câncer. Grande parte das pessoas infectadas se torna portadora de hepatite crônica.
Sintomas: na maioria dos casos, os sintomas não se apresentam na fase aguda e, quando ocorrem, são leves e semelhantes a uma gripe.
Os mandamentos do fígado | Saúde | Revista Men's Health

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sem Licitação - Infraero contrata construtora envolvida em escândalo para obra em Aeroporto

Empresa escolhida para readequar o antigo terminal da Vasp, em caráter emergencial, é a Delta, que está no centro de uma crise política envolvendo o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

A companhia responsável pela execução integral das obras e serviços de engenharia de reforma e adequação do antigo terminal de cargas da Vasp, em caráter emergencial, é a Delta Construções. A empresa está no centro da pior crise política enfrentada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, desde que ele assumiu seu primeiro mandato, em janeiro de 2007. Segundo reportagem de VEJA, a construtora – do empresário e amigo pessoal de Cabral, Fernando Cavendish – tem 'expertise' em contratos sem licitação: só no ano passado, embolsou 127 milhões de reais em negócios deste tipo, todos com o governo fluminense. A Delta também é alvo de 150 investigações por parte do Tribunal de Contas da União (TCU).



Segundo a informação, a nova estrutura não é um Módulo Operacional (MOP), mas sim uma estrutura definitiva para atender ao crescimento da demanda no aeroporto. A obra será realizada no antigo terminal de cargas da Vasp, ao custo de R$ 85,75 milhões, com prazo de execução de 180 dias. O novo terminal terá capacidade para 5 milhões de passageiros por ano e deverá entrar em operação no início de 2012, segundo a Infraero.

Questionada sobre os motivos que levaram à escolha pela dispensa de licitação para a obra, a Infraero informa que optou por essa modalidade depois de avaliar a demanda de passageiros projetada até o fim do ano em relação à capacidade atual do aeroporto. Houve um crescimento de 16% nos passageiros no primeiro semestre de 2011 sobre o primeiro semestre de 2010, e de 23% em 2010 sobre 2009. A escolha da empresa considerou o critério de menor preço.

Segundo a Infraero, o crescimento no número de passageiros atendidos "tornou o planejamento de investimentos insuficiente para atender a operacionalidade do aeroporto". Por isso, explica, foi necessário acelerar o processo de execução do terminal, que deixará de ser provisório para ser definitivo. Segundo a Infraero, foi elaborado um processo de consulta pública a oito empresas, das quais seis apresentaram propostas.

Conversa Direta



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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bernanke: Fed vai fazer de tudo para restaurar crescimento e emprego


SÃO PAULO - O Federal Reserve (Fed) vai certamente fazer de tudo para ajudar a restaurar as altas taxas de crescimento dos Estados Unidos e o emprego em um contexto de estabilidade de preço, comentou o presidente do banco central do país, Ben Bernanke.

Na análise do dirigente da autoridade monetária americano, os Estados Unidos enfrentam muitos desafios de crescimento. Ele acredita que a cura da economia vai demorar e que vão existir contratempos ao longo do caminho, incluindo riscos financeiro. "Entretanto, com uma única possível exceção com relação ao que vou elaborar em seguida, o processo de cura não deve deixar grandes cicatrizes", avaliou.


Bernanke notou que, "apesar do trauma da crise e da recessão, a economia dos Estados Unidos permanece como a maior do mundo, com um mix diversificado de indústrias e um grau de competitividade internacional que melhoraram nos últimos anos".

Em discurso preparado para o simpósio que ocorre nesta sexta-feira em Jackson Hole, Wyoming (EUA), o dirigente do banco central americano comentou que a qualidade da formulação da política monetária nos Estados Unidos vai influenciar significativamente nas perspectivas para o país no longo prazo.

"A fim de permitir que a economia cresça com todo seu potencial, os formuladores de política devem trabalhar para promover a estabilidade financeira e macroeconômica, adotar uma política regulatória, comercial e fiscal efetiva, alimentar o desenvolvimento de uma força de trabalho capacitada, incentivar o investimento produtivo, tanto privado como público, e fornecer apoio apropriado para pesquisa e desenvolvimento e para a adoção de novas tecnologias", afirmou.
Bernanke: Fed vai fazer de tudo para restaurar crescimento e emprego | Valor Econômico


Conversa Direta



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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fed só tem três novas medidas de estímulo no "arsenal", diz Commerzbank

SÃO PAULO - O Federal Reserve só tem três opções para estimular a economia norte-americana, afirmou o Commerzbank, que acredita que uma delas só deverá ser adotada, se adotada, após a decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) no dia 20 de setembro.

Isso mostra o quanto o Fed começa a ficar limitado em opções, de acordo com o economista Bernd Weidensteiner, do Commerzbank, lembrando que a instituição já realizou dois programas de Quantative Easing e tem mantido sua taxa de juros básica, a Fed Funds Rate, em patamares próximos à zero desde dezembro de 2008.

O que pode vir no futuro?
Contudo, a taxa de juros é uma das armas mais efetivas a ser utilizada pela instituição, afirma Weidensteiner. "O Fed pode cortar a taxa de juros nos depósitos dos bancos com o Fed", lembra o economista. Mesmo com o impacto negativo no mercado monetário, uma nova redução pode ser efetiva, desde que essas taxas passem para o campo negativo, fazendo com os bancos voltassem a emprestar com mais volúpia.

A Suécia seria um exemplo para o Fed, já que o Riksbank, banco central do país nórdico, já havia aplicado taxas negativas durante julho de 2009 e setembro de 2010. "Outra opção é estender o tempo de maturação de seu portfólio de ativos", chama a atenção Weidensteiner, ressaltando que isso não implicaria em aumento de gastos, fazendo com que essa seja uma alternativa aceita pelos austeros no Fed.

Uma terceira, e mais agressiva, opção seria um novo programa de Quantative Easing. Weidensteiner salienta que isso acarretaria no aumento de gastos do Fed e traria liquidez adicional ao mercado. Porém, o economista também chama a atenção para o tamanho necessário do programa: para que haja algum impacto, estima, o programa tem que estar em no mínimo US$ 500 bilhões.


Essa opinião contrasta com a visão do Bank of America Merrill Lynch, que vê mais opções no "arsenal" da autoridade monetária norte-americana, acreditando também na possibilidade de uma melhor comunicação com o mercado, um corte no IOER (Imposto sobre reservas excessivas) e atacar a taxa de rendimento dos Treasuries, mas não mencionando as taxas de juros negativas mencionadas por Weidensteiner.
InfoMoney :: Fed só tem três novas medidas de estímulo no "arsenal", diz Commerzbank
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sábado, 20 de agosto de 2011

Maré Vermelha na economia



A crise não é nossa, mas pelo menos 20 grandes empresas brasileiras que fazem parte do índice Ibovespa estão sofrendo quedas expressivas no valor de suas ações. Algumas perderam mais que 50% em um ano e meio. Ao analisar o desempenho de cada companhia que faz parte do índice, dá para ver que há setores e empresas que vão muito bem, apesar da turbulência. Certos movimentos não fazem sentido.

Há setores que conseguem ter bom desempenho nas bolsas, mesmo durante a turbulência, como telefonia e energia. São segmentos vistos como de proteção pelos investidores, porque têm um consumo estável mesmo em tempos de crise.

Mas a maioria dos setores está no vermelho. A América Latina Logística sofre uma queda de 74% no valor de suas ações ON desde março de 2010. A B2W, que vende produtos pela Internet, cai 56% este ano e 75% desde novembro de 2009. A Fibria, empresa resultante da fusão entre Aracruz e Votorantim Celulose, cai 47% este ano e acumula queda de 65% desde março de 2010.

A Gol, apesar do forte crescimento da demanda por voos nacionais, vê suas ações PN caírem 58% somente este ano. A queda é a mesma nos papéis negociados na bolsa de Nova York. A TAM também sente. Redução de 28% desde novembro de 2010 nas ações PN. O curioso é que no ano passado o Brasil foi o país do mundo onde o setor de transporte aéreo de passageiros mais cresceu. Superou a China.

Do setor de siderurgia, a fuga de investidores é generalizada. A demanda por aço caiu no mundo, e há mais de 500 milhões de toneladas de capacidade ociosa de produção. A CSN tem queda de 44% este ano. Desde abril de 2010, o tombo acumulado chega a 58%. A Gerdau tem queda de 53% nas ações ON, no mesmo período, enquanto as ações PN caem 59%. No ano, as ações ON caem 34% e as ações PN caem 44%. A Usiminas tem queda de 35% nas ações PN este ano.


O setor de construção civil tem uma contradição. Há a impressão de um boom no setor de empreendimentos residenciais. Tanto que as empresas reclamam dos problemas causados por excesso de atividade: falta de terrenos e mão de obra qualificada. As ações ON da Gafisa têm queda de 41% este ano. Se o recorte for feito desde novembro, o tombo chega a 52%. A Rossi cai 40% desde outubro. A Brookfield Incorporações cai 37% desde outubro, a mesma queda da PDG Realty desde novembro. A Duratex, que produz móveis e materiais de construção, vê as ações ON caindo 36% este ano. Algumas empresas de fato apostaram demais no segmento de baixa renda e estão tendo problemas, porque no Minha Casa, Minha Vida há teto para o valor dos imóveis, mas não há teto para o aumento dos custos.

A desaceleração mundial só agora começou a afetar o preço das commodities, mas as cotações continuam altas. Mesmo assim, os papéis das empresas de matérias-primas e alimentos estão em queda há muito tempo. O frigorífico Marfrig cai 46% no ano. Desde janeiro de 2010, a queda chega a 65%. O JBS-Friboi cai 41% no ano e acumula 59% de redução desde novembro de 2009.

As empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, também perderam muito em valor de mercado. A OGX, que explora petróleo e gás, tem queda de 46% este ano. Desde novembro, o tombo acumulado chega a 53%. Uma das explicações é que ela é uma empresa pré-operacional, com muito investimento para fazer. A MMX, de mineração, cai 51% desde novembro, e a LLX, de logística, cai 66% desde setembro.

Mesmo com lucros recordes no ano, e sendo a empresa dominante de um grande mercado como o Brasil, a Petrobras consegue ter queda de 25% nas ações PN desde janeiro. A partir de dezembro de 2009, a redução no valor das ações ON chega a 48%. O mercado explica que a empresa tem forte influência política. A Vale sente pelo mesmo motivo. O preço do minério de ferro disparou nos últimos dois anos e a empresa mantém resultados expressivos, trimestre após trimestre. Mesmo assim, no ano, as ações ON caem 22% e as ações PN caem 19%.

Há outras quedas expressivas: a Ecodiesel cai 52% desde outubro de 2010; a Hypermarcas tem redução de 60% no mesmo período.

Mas há também algumas boas surpresas. A Cielo, que presta serviço para o pagamento de cartões de crédito, sobe 21% no ano. A mesma coisa acontece com a Redecard: 22% de alta. A Ambev subiu no ano 5,2% e desde março de 2009 está numa trajetória de alta que triplicou o valor de seus papéis: 218%. Empresas de energia também têm valorização este ano. A Cesp, por exemplo, sobe 15%. A Cemig tem alta de 14,8% nas ações ON. A Eletropaulo sobe 10,5% este ano e 166% desde outubro de 2008. Empresas de telecomunicações também estão em alta: a Tim sobe 30%; a Telesp, 20% nas ações PN e ON. Em comum, todas essas empresas conseguem manter o consumo estável mesmo em tempos de crise. Geralmente, as famílias deixam para cortar por último os gastos com energia, bebidas, telefones. Pelo menos é isso que pensam os investidores.

Olhando de perto, o que se vê são poucas boas notícias e um enorme mar vermelho no Ibovespa.
Maré vermelha - Míriam Leitão: O Globo

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dilma sanciona LDO 2012 com vetos de aumento a aponsentados

Economia - Dilma sanciona LDO 2012 com vetos

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (15), em publicação no "Diário Oficial da União", a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, que estabelece as regras básicas para o orçamento do ano que vem, com mais de 30 vetos.

Entre eles, a presidente da República vetou o dispositivo que assegurava os recursos necessários para dar ganhos reais (acima da inflação) para as aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com valor acima de um salário mínimo. O valor do ganho ainda seria definido com as centrais sindicais e com representantes dos aposentados.


"Não há como dimensionar previamente o montante de recursos a serem incluídos no PLOA-2012, conforme determina o caput do art. 48, uma vez que, até o seu envio, a política em
questão poderá ainda não ter sido definida", informou o governo, ao explicar a razão do veto.

No fim desta segunda-feira, o Ministério do Planejamento acrescentou que veto diz respeito à "inadequação de sua alocação [dos recursos necessários para o reajuste] na LDO", porque, segundo informou, a "regra teria que ser quantificada e discutida previamente para que seus efeitos pudessem ser estimados e seus recursos, garantidos".

Déficit nominal
Também foi vetado pela presidente o dispositivo que limitava o chamado "déficit nominal" das contas públicas, conceito que considera as receitas e todas as despesas, inclusive aquelas relacionadas com os juros da dívida pública, em 0,87% do Produto Interno Bruto (PIB) - que é a previsão do governo para o indicador no ano que vem. O mercado financeiro, porém, projeta um déficit nominal bem acima disso (2,25% do PIB para 2012).

Segundo despacho da Presidência da República, o estabelecimento de um teto para o resultado nominal, sendo que já existe uma meta para superávit primário (antes da contabilização dos juros da dívida pública, de R$ 139,8 bilhões para 2012) para o setor público, limitaria "o campo de atuação da política monetária [definição de juros] para fins de cumprimento da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional [de 4,5% para o ano que vem]".


De acordo com o governo, resultado nominal, e o estoque da dívida do setor público, são apenas "indicativos [e não metas], por sofrerem influência de fatores fora do controle direto do governo". "Entre os fatores que estão fora do controle do governo e que afetaram recentemente os resultados nominais destacam-se: crise financeira internacional de 2008; crise fiscal em diversos países da Área do Euro; e aumento do preço das commodities em função da maior demanda de economias emergentes", informou.

Também foi vetado o dispositivo da LDO que dizia que a programação orçamentária e financeira de 2012 observaria, como redutor da meta primária, o montante constante na lei. Segundo o governo, o veto aconteceu porque o artigo retiraria a "discricionariedade do Poder Executivo em não abater o PAC da meta de superávit primário durante a execução orçamentária e financeira".

Emissões do Tesouro
Também foi vetada pela presidente Dilma Rousseff a emenda do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que dizia que toda emissão de títulos da dívida pelo Tesouro Nacional, "quaisquer que sejam a finalidade e a forma da emissão, e a despesa a que fará face", inclusive aquelas destinadas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deveriam ser "consignadas" (declaradas) no orçamento do ano que vem.

O Tesouro emitiu cerca de R$ 240 bilhões em títulos públicos para o BNDES, elevando a dívida bruta em igual proporção, nos últimos três anos.

Segundo o governo, a inclusão de todos lançamentos de títulos do Tesouro Nacional na peça orçamentária representaria uma "sinalização prévia" de "emissões estratégicas" a serem feitas pela instituição ao longo de cada exercício, o que possibilitaria aos aos "agentes econômicos" anteciparem seus movimentos no mercado de títulos públicos, com impactos e riscos à gestão da Dívida Pública Federal.


Reservas
Segundo o Ministério do Planejamento, o dispositivo que criava uma reserva sobre a criação, ou expansão, de despesas obrigatórias foi vetado porque na redação atual restringiria, em sua visão, a "discricionariedade do Poder Executivo em criar ou elevar determinadas despesas acima dos montantes previstos nessa reserva".

"O projeto de Lei Orçamentária para 2012 já deverá conter todas as estimativas de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado e as renúncias de receita aprovadas até 31 de agosto de 2011. O objetivo dos dispositivos é possibilitar ao órgão colegiado legislativo permanente utilizar essa reserva, observados os critérios previamente fixados por ele, para garantir a adequação das propostas de expansão para as despesas obrigatórias de caráter continuado ou renúncias de receita em termos de equilíbrio fiscal", informou o governo.

Sobre a reserva de 10% de restos a pagar, também vetada, o governo informou que isso poderia prejudicar órgãos com poucos restos a pagar em prol de outros. "Ademais, a vinculação dessa reserva ao pagamento de RAPs, relativos a convênios e contratos de repasse, poderá ensejar a inobservância da ordem cronológica dos pagamentos dos credores da União, ferindo preceitos constitucionais e legais vigentes", informou.

Conversa Direta



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George W. Bush acusado de crimes de guerra por ONG


O episódio veio à tona mundial quando o ex-presidente dos EUA, George W. Bush, cancelou uma visita à Suíça, onde foi dirigir uma gala de beneficência judaica, devido ao risco de ação judicial contra ele por suposta tortura.


Bush devia ser o orador principal no jantar anual de Keren Hayesod no dia 12 de fevereiro em Genebra. Mas uma pressão tem sido construída sobre o governo suíço para prendê-lo e abrir uma investigação criminal, se ele entrar no país alpino.


Queixas de crime contra Bush alegando tortura foram apresentados em Genebra, dizem os funcionários judiciais.


Grupos de direitos humanos disseram que eles tinham a intenção de apresentar um caso de 2.500 páginas contra Bush na cidade suíça na segunda-feira de alegados maus tratos de supostos militantes na Baía de Guantánamo, a base naval dos EUA em Cuba, onde prisioneiros do Afeganistão, Iraque e outras frentes na tão chamada Guerra ao Terror foram internados.

Bush, em seu "Pontos de Decisão", memórias sobre a sua presidência entre 2001-2009, defende veementemente o uso de "waterboarding" (uma forma de tortura com água) como a chave para evitar uma repetição dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.

A maioria dos especialistas em direitos humanos consideram a prática uma forma de tortura, proibida pela Convenção sobre a Tortura, um pacto internacional que proíbe a tortura e tratamento cruel, desumano ou degradante, ou punição. A Suíça e os Estados Unidos estão entre os 147 países que ratificaram o tratado de 1987.


A ONG Human Rights Watch (HRW), de defesa dos direitos humanos, divulgou mês passado em 12 de julho, um relatório no qual acusa o ex-presidente americano George W. Bush e seus principais colaboradores na área de segurança nacional de crimes de guerra e tortura.



De acordo com a HRW, Bush admitiu duas vezes ter aprovado o uso de "waterboarding" (afogamento), além de ter autorizado a transferência de detidos para o Egito e para a Síria, para serem submetidos a tortura. "Se os EUA não cumprem com sua obrigação jurídica, os demais países membros da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Tortura devem ser mais ativos", disse à reportagem o conselheiro da entidade Reed Brody, autor da pesquisa.

Para a ONG, o ex-vice-presidente Dick Cheney foi a "principal força por trás do governo" na adoção de medidas de exceção. O ex-secretário de Defesa Robert Rumsfeld e o ex-diretor da CIA George Tenet também foram criticados.

Conversa Direta



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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Crise econômica de 2008-2011


A crise econômica de 2008-2011 é um desdobramento da crise financeira internacional, precipitada pela falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó, outras grandes instituições financeiras quebraram, no processo também conhecido como "crise dos subprimes".


Alguns economistas, no entanto, consideram que a crise dos subprimes, tem sua causa primeira no estouro da "bolha da Internet" (em inglês, dot-com bubble), em 2001, quando o índice Nasdaq (que mede a variação de preço das ações de empresas de informática e telecomunicações), despencou.

De todo modo, a quebra do Lehman Brothers foi seguida, no espaço de poucos dias, pela falência técnica da maior empresa seguradora dos Estados Unidos da América, a American International Group (AIG). O governo norte-americano, que se recusara a oferecer garantias para que o banco inglês Barclays adquirisse o controle do cambaleante Lehman Brothers, alarmado com o efeito sistêmico que a falência dessa tradicional e poderosa instituição financeira - abandonada às "soluções de mercado" - provocou nos mercados financeiros mundiais, resolveu, em vinte e quatro horas, injetar oitenta e cinco bilhões de dólares de dinheiro público na AIG, para salvar suas operações. Mas, em poucas semanas, a crise norte-americana já atravessava o Atlântico: a Islândia estatizou o segundo maior banco do país, que passava por sérias dificuldades.

As mais importantes instituições financeiras do mundo, Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino Unido; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société Générale, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia, Aracruz Celulose e Votorantim anunciaram perdas bilionárias.

Para evitar colapso, o governo norte-americano reestatizou as agências de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, privatizadas em 1968, que agora ficarão sob o controle do governo por tempo indeterminado.

Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somam 1,17 trilhão de euros (US$ 1,58 trilhão /≈R$ 2,76 trilhões) em ajuda ao seus sistemas financeiros. O PIB da Zona do Euro teve uma queda de 1,5% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, a maior contração da história da economia da zona.

História

Segundo George Soros, presidente do conselho da Soros Fund Management a crise atual foi precipitada por uma "bolha" no mercado de residências e, em certos aspectos, é muito similar às crises que ocorreram desde a Segunda Guerra Mundial, em intervalos de quatro a 10 anos. Entretanto, Soros faz uma importante distinção entre essa crise e as anteriores, considerando a crise atual como o clímax de uma superexpansão (super-boom) que ocorreu nos últimos 60 anos. Segundo Soros, os processos de expansão-contração (boom-bust ) giram ao redor do crédito, e envolvem uma concepção erronea, que consiste na incapacidade de se reconhecer a conexão circular reflexiva entre o desejo de emprestar e o valor das garantias colaterais. Crédito fácil cria uma demanda que aumenta o valor das propriedades, o que por sua vez aumenta o valor do crédito disponível para financiá-las. As bolhas começam quando as pessoas passam a comprar casas na expectativa de que sua valorização permitirá a elas refinanciar suas hipotecas, com lucros. Isso foi o que aconteceu nessa última crise.

Origem

Tudo começou em 2001, com o furo da "bolha da Internet". Para proteger os investidores, Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal Americana, decidiu orientar os investimentos para o setor imobiliário. Adotando uma política de taxas de juros muito baixas e de redução das despesas financeiras, induziu os intermediários financeiros e imobiliários a incitar uma clientela cada vez maior a investir em imóveis, principalmente através da Fannie Mae e da Freddie Mac que já vinham crescendo muito desde que diferentes governos e políticos dos Estados Unidos as usaram para financiar casas aos mais pobres. O governo garantia os investimentos feitos por estas duas empresas. Bancos de vários países do mundo, atraídos pelas garantias do governo, acabaram emprestando dinheiro a imobiliárias através da Fannie Mae e da Freddie Mac que estavam autorizadas a captar empréstimos em qualquer lugar do mundo.

Foi assim criado o sistema das hipotecas subprimes, empréstimos hipotecários de alto risco e de taxa variável concedidos às famílias "frágeis", ou seja, para os clientes apelidados de ninja, do acrônimo sem renda, sem emprego e sem patrimônio. Na realidade, eram financiamentos de casas, muitas vezes conjugados com a emissão de cartões de crédito, concedidos a famílias que os bancos sabiam de antemão não ter renda familiar suficiente para poder arcar com suas prestações.

Num passo seguinte, os bancos que criaram essas hipotecas criaram derivativos negociáveis no mercado financeiro, instrumentos sofisticados para securitizá-las, isto é, transformá-las em títulos livremente negociáveis - por elas lastreados - que passaram a ser vendidos para outros bancos, instituições financeiras, companhias de seguros e fundos de pensão pelo mundo afora. Por uma razão que se desconhece, as agências mundiais de crédito deram a chancela de AAA - a mais alta - a esses títulos.


Quando a Reserva Federal, em 2005, aumentou a taxa de juros para tentar reduzir a inflação, desregulou-se a máquina; o preço dos imóveis caiu, tornando impossível seu refinanciamento para os clientes ninja, que se tornaram inadimplentes em massa, e esses títulos derivativos se tornaram impossíveis de ser negociados, a qualquer preço, o que desencadeou um efeito dominó, fazendo balançar o sistema bancário internacional, a partir de agosto de 2007.

O jornalista Hanna Rosin argumenta que os milhões de adeptos da teologia da prosperidade podem ter influenciado o problema no mercado imobiliário, que causou a crise econômica de 2008-2009, por ignorar fatores como salários por hora e extrato de conta bancária, bem como causa e efeito, e um cálculo prudente dos gastos oferecidos, em favor de "milagres financeiros e a idéia de que o dinheiro é uma substância mágica que vem como um dom do alto".

A superexpansão (super-boom) de 60 anos

Nos últimos 60 anos, cada vez que a expansão do crédito entrou em crise as autoridades financeiras agiram injetando liquidez no sistema financeiro e adotando medidas para estimular a economia. Isso criou um sistema de 'incentivos assimétricos', conhecido nos Estados Unidos como moral hazard, que encorajava uma expansão de crédito cada vez maior. George Soros comenta: "O sistema foi tão bem sucedido que as pessoas passaram a acreditar naquilo que o então presidente Reagan chamava da "mágica dos livres-mercados" e que eu chamo de fundamentalismo de livre mercado. Os fundamentalistas de livre mercado acreditam que os mercados tendem a um equilíbrio natural e que os interesses de uma sociedade serão alcançados se cada indivíduo puder buscar livremente seus próprios interesses. Essa é uma concepção obviamente errônea porque foi a intervenção nos mercados, não a ação livre dos mercados, que evitou que os sistemas financeiros entrassem em colapso. Não obstante o fundamentalismo de livre mercado emergiu como a ideologia econômica dominante na década de 1980, quando os mercados financeiros começaram a ser globalizados, e os Estados Unidos passaram a ter um déficit em conta-corrente".

A globalização permitiu aos Estados Unidos sugar a poupança mundial, e consumir muito mais do que produzia, tendo seu défict em conta-corrente atingido 6,2% do PIB em 2006. Seus mercados financeiros 'empurravam' os consumidores a tomar emprestado, criando cada vez mais instrumentos sofisticados e condições favoráveis ao endividamento. As autoridades financeiras colaboravam e incentivavam esse processo, intervindo - para injetar liquidez - cada vez que o sistema financeiro global se visse em risco. A partir de 1980 os mercados financeiros mundiais começaram a ser desregulamentados, tendo sua supervisão governamental progressivamente relaxada, até que essa virtualmente desapareceu.



A superexpansão (super-boom) saiu dos trilhos quando os instrumentos financeiros se tornaram tão complicados que as autoridades financeiras governamentais se tornaram tecnicamente incapazes de avaliar os riscos desses instrumentos financeiros, e passaram a se utilizar dos sistemas de gerenciamento de riscos dos próprios bancos privados. Da mesma maneira as agências análise de crédito internacionais se baseavam nas informações fornecidas pelos próprios criadores dos instrumentos sintéticos; às vésperas da quebra da Fannie Mae essas agências ainda classificavam os derivativos de empréstimos subprime como um risco AAA. "Foi uma chocante abdicação de responsabilidade", classificou Soros.

Riscos e poderes regulatórios

Para alguns analistas a primeira metade da década de 2000 será relembrada como a época em que as inovações financeiras superaram a capacidade de avaliação de riscos tanto dos Bancos como das agências reguladoras de crédito. O caso do Citigroup é emblemático: o Citigroup sempre esteve sob fiscalização do Federal Reserve, e seu quase colapso indica que não só a regulamentação então vigente foi ineficaz como que o governo norte-americano, mesmo depois de deflagrada a crise, subestimou sua severidade. O Citigroup não esteve sozinho dentre as instituições financeiras que se tornaram incapazes de compreender totalmente os riscos que estavam assumindo. À medida que os ativos financeiros se tornaram mais e mais complexos, e cada vez mais difíceis de serem avaliados, os investidores passaram a ser reassegurados pelo fato de que tanto as agências internacionais de avaliação de crédito de bônus (bonds) como os próprios agentes reguladores, que passaram a nelas se fiar, aceitavam como válidos os complexos modelos matemáticos - de impossível compreensão para a maioria das pessoas - usados pelos criadores dos produtos financeiros sintéticos, que "provavam" que os riscos eram muito menores do que veio a se verificar na realidade. Na opinião de George Soros a posição das agências reguladoras financeiras estadunidenses demonstrou "uma chocante abdicação de suas responsabilidades".

Auge da crise do Subprime

Em agosto e setembro de 2008, a crise, acumulada deste 2007, chegou ao auge, com a estatização dos gigantes do mercado de empréstimos pessoais e hipotecas - a Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como "Fannie Mae", e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), apelidada de "Freddie Mac" - que estavam quebradas. Logo em seguida, veio o pedido de concordata do tradicional banco de investimentos Lehman Brothers, com mais de 150 anos de existência e um dos pilares financeiros de Wall Street, e a venda, ao Bank of America, da corretora Merrill Lynch, uma das maiores do mundo.

A cascata de falências e quebras de instituições financeiras provocou a maior queda do índice Dow Jones e de bolsas de valores internacionais desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Em 16 de setembro, o Lehman Brothers fechou um acordo para vender partes do banco ao britânico Barclays, segundo o jornal Financial Times.

No mesmo dia, as ações da American International Group Inc. (AIG), a maior empresa seguradora dos Estados Unidos, caíram 60% na abertura do mercado.

Ao longo do dia, o Federal Reserve tentou convencer os bancos J. P. Morgan e Goldman Sachs a conceder um crédito de emergência de US$ 75 bilhões para ajudar a AIG. Enquanto isso, a Moody's e a Standard & Poor's rebaixavam a classificação dos créditos da empresa, em razão das expectativas de novos prejuízos na área de seguros de hipotecas.

Segundo o analista de negócios da BBC, Greg Wood, um possível fracasso na operação para salvar a AIG seria duas vezes pior do que a quebra do Lehman Brothers. No entanto, segundo o New York Times, a AIG conseguiria rapidamente a proteção necessária para evitar a falência.

De fato, em 17 de setembro, o Federal Reserve anunciou um empréstimo de US$ 85 bilhões para a AIG. Em troca, o governo americano passou a deter 79,9% de participação no controle acionário do grupo, e o gerenciamento de seus negócios, estatizando-a ainda que, em teoria, temporariamente. Posteriormente um segundo pacote de ajuda financeira governamental no valor de US$ 37,8 bilhões se fez necessário, e foi aprovado.

No Brasil, cogitou-se que o Banco Itaú viesse a absorver a filial brasileira da Merrill Lynch, e que o Unibanco pudesse vir a aumentar a sua participação na filial brasileira da AIG.

Em 29 de setembro, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos rejeitou o pacote de medidas de ajuda governamental ao setor financeiro, por 228 votos contra e 205 a favor. O pacote previa a liberação de recursos do Tesouro, de até US$ 700 bi, para a compra de títulos podres de crédito hipotecário. O governo ficaria com ações das instituições socorridas. As instituições financeiras seriam taxadas se o governo tivesse perdas por mais de cinco anos após a operação de bailout.

As análises do New York Times e do Financial Times, assim como as do Fundo Monetário Internacional, vão na mesma direção: a administração da crise deve consumir mais uns dois anos.

Posteriormente, foram introduzidas algumas modificações no pacote de socorro aos bancos, de modo a atenuar seu aspecto de presente a CEOs inescrupulosos'. O custo total foi ampliado de US$ 700 bilhões para US$ 850 bilhões, dos quais até US$ 700 bilhões serão usados para comprar títulos podres, conforme o projeto original. Outros US$ 150 bilhões foram acrescentados pelo Senado, na forma de cortes de impostos e incentivos fiscais.

Após uma intensa campanha de pressão, que envolveu o presidente George W. Bush, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do Federal Reserve, Ben Bernankeo, além dos candidatos à Presidência dos EUA, Barack Obama (Partido Democrata) e John McCain (Partido Republicano), o Senado dos Estados Unidos aprovou o projeto, em 1º de outubro, por 74 votos a favor e 25 contra. O pacote voltou à Câmara, para ser votado novamente, sendo aprovado e sancionado pelo presidente Bush.

Mesmo aprovado, o pacote de US$ 700 bilhões, proposto pelo governo Bush, não deve dissipar as incertezas, avalia o jornal Washington Post. Na mesma linha, o Wall Street Journal afirmou que o pacote não resolveria o problema fundamental da crise do setor imobiliário. Segundo o WSJ, o preço dos imóveis continuará caindo, pois os principais sustentáculos do crescimento da economia - gastos dos consumidores, empresas e governo e as exportações - continuam se esfarelando (…). A demanda externa por bens americanos, que ajudou o setor industrial a evitar uma desaceleração mais profunda este ano, deve secar à medida que as maiores economias mundiais flertam com a recessão e nações de rápida expansão, como China e Índia perdem o pulso. Na melhor das hipóteses, os analistas esperam um aumento da taxa de desemprego nos EUA, de 6,1% para 8%.



Brasil


No Brasil, o efeito mais imediato foi a baixa das cotações das ações em bolsas de valores, provocada pela venda maciça de ações de especuladores estrangeiros, que se atropelaram para repatriar seus capitais a fim de cobrir suas perdas nos países de origem. Em razão disso, ocorreu também uma súbita e expressiva alta do dólar. Posteriormente, grandes empresas brasileiras exportadoras sentiram o baque da falta de crédito no mercado mundial para concretizar seus negócios com parceiros estrangeiros. A recessão que atingiu uma grande parte dos países desenvolvidos também afetou o comércio externo. Empresas como Embraer e Cummins por exemplo, que tem seus faturamentos altamente dependentes de vendas ao exterior, tiveram que cortar postos de trabalho e reduzir drasticamente o ritmo de produção. Grandes empresas siderúrgicas no Brasil também desligaram alguns fornos. Em efeito cascata, empresas menores fornecedoras desses grandes conglomerados também foram atingidas.

Como o Brasil realizou profundas reformas econômicas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, como o PROER, implementando sistemas mais rígidos de controle ao sistema financeiro doméstico, o Brasil ficou menos exposto ao cerne da crise, que foi a contaminação sistêmica do mercado financeiro internacional. Fora isso, a economia brasileira encontra-se numa posição bem mais confortável para enfrentar essa tempestade mundial do que em crises anteriores. O modelo econômico adotado pelo país desde fins dos anos 1990 - metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal - fez com que um colchão de proteção, através da obtenção consistentes reservas cambiais e de forte credibilidade internacional, salvaguardasse a economia. Não obstante, por estar incluso no comércio mundial, o país ainda assim sentiu efeitos colaterais pesados.

De imediato entretanto, os maiores prejuízos com a crise foram das empresas que especulavam com derivativos de câmbio- e fizeram a aposta errada. O governo anunciou que não pretende cobrir, com dinheiro público, as milionárias perdas privadas, decorrentes de apostas mal-sucedidas.

A alta do dólar, embora possa eventualmente causar alguma pressão inflacionária, tende a aumentar a competitividade internacional das exportações do país, já que o preço dos produtos brasileiros, em dólares, cai. No entanto, para os setores da economia brasileira que dependem de importações de produtos industrializados sem similar nacional (máquinas e equipamentos, sobretudo produtos de alta tecnologia) ou mesmo de algumas commodities, como o trigo, o dólar alto é um problema.

No mercado interbancário, houve uma paralisação quase total dos empréstimos normalmente concedidos pelos grandes bancos aos menores. Num primeiro momento, o Banco Central do Brasil decidiu isentar os grandes bancos de uma parte do depósito compulsório, a qual deveria ser destinada a empréstimos aos bancos menores. Mas, devido ao clima de quase pânico que se instaurou nos mercados financeiros em geral, tal medida não se revelou suficiente: os grandes bancos continuavam não concedendo empréstimos aos menores. Assim, o Banco Central decidiu adquirir as carteiras de crédito de que os bancos pequenos desejassem se desfazer, desde que oferecessem garantias. Houve pressão ainda para que os bancos estatais comprassem bancos menores em dificuldades. Assim, o Banco do Brasil comprou 49% das ações do banco Votorantim, injetando liquidez mas não ficando com o controle acionário da instituição.

Para evitar a falta de liquidez (falta de dólares) nos mercados de câmbio, o Banco Central tem realizado leilões de venda de swaps cambiais e, para evitar especulações, em outubro de 2008, realizou até mesmo vários leilões de venda de dólar físico à vista (moeda), utilizando as reservas internacionais do Brasil, o que não era feito desde 2003. Com isto, o BC não pretendia derrubar as cotações do dólar, nem lhes impor um teto, mas somente aumentar a liquidez do mercado.

Por outro lado, o Banco Central tem-se mostrado atento a quaisquer indícios de falta de liquidez no sistema bancário brasileiro, tendo liberado, por mais de uma vez, várias dezenas de bilhões de reais dos depósitos compulsórios, especialmente para os bancos médios e pequenos, preferindo essa irrigar o sistema bancário desta forma, em vez de reduzir os juros básicos (taxa Selic), o que ainda poderia provocar pressões inflacionárias. Se a economia mundial entrar em uma conjuntura de deflação, o que não é impossível, só então os juros poderão ser reduzidos sem medo.

Em setembro de 2009, a agência Moody's informou sobre a elevação de rating da dívida do governo para grau de investimento, desde a deflagração da crise econômica de 2008/2009. A classificação também foi dada pelas agências Fitch Ratings e a Standard & Poor's, em 2008. Assim, o Brasil foi o primeiro país a receber a elevação de categoria.

Análises e prognósticosSoros

George Soros, em seu livro The New Paradigm for Financial Markets (2008), diz que "estamos em meio a uma crise financeira não vista desde a crise de 1929" e declara que essa crise poderia, em tese, ter sido evitada:

desgraçadamente temos a idéia de fundamentalismo de livre mercado, que hoje é a ideologia dominante, e que pressupõe que os mercados se corrigem; e isso é falso porque geralmente é a intervenção das autoridades que salvam os mercados quando eles se atrapalham. Desde 1980 tivemos cinco ou seis crises: a crise bancária internacional de 1982, a falência do banco Continental Illinois em 1984 e a falência do Long-Term Capital Management em 1998, para citar três. Cada vez são as autoridades que salvam os mercados, ou organizam empresas para fazê-lo. As autoridades têm precedentes para se basear. Mas, de alguma maneira, essa idéia de que os mercados tendem ao equilíbrio e que seus desvios são aleatórios ganhou aceitação geral e todos estes instrumentos sofisticados de investimentos foram baseados nela.

Walter Williams

O professor e economista americano Walter Williams, em entrevista ao programa de televisão Milênio da Globo News fez a seguinte análise:

Mas isto foi causado pelo governo (a crise), pela Fannie Mae, Freddie Mac e outros. E as regulamentações do governo nos E.U.A que obrigam os bancos a concederem empréstimos a quem eles não concederiam de outra maneira. Foi a chamada Lei de Reinvestimento Comunitário que possibilitou aos pobres comprarem casa própria. Obrigaram os bancos a fazer empréstimos. [...] Eles disseram aos bancos: "Se quiser abrir outra agência, tem que nos mostrar que concedeu empréstimos a pobres, negros ou minorias." E fizeram chantagem com os bancos. [...] Foi causada (a crise) pelo governo.

Lula

O presidente Lula, falando na abertura da reunião do G20 financeiro que se realizou em novembro de 2008, em São Paulo, para debater alternativas para a crise internacional, ecoando George Soros, também criticou a crença dogmática na auto-regulação dos mercados:

Ela (a crise) é conseqüência da crença cega na capacidade de auto-regulação dos mercados e, em grande medida, na falta de controle sobre as atividades de agentes financeiros. Por muitos anos, especuladores tiveram lucros excessivos, investindo o dinheiro que não tinham em negócios mirabolantes. Todos estamos pagando por essa aventura. Esse sistema ruiu como um castelo de cartas e com ele veio abaixo a fé dogmática no princípio da não intervenção do Estado na economia. Muitos dos que antes abominavam um maior papel do Estado na economia passaram a pedir desesperadamente sua ajuda.

Setor alimentar português

Atendendo a que foi a maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial, em Portugal, houve um decréscimo pouco significativo no consumo na área alimentar. As vendas, quer no comércio tradicional quer no comércio moderno, caíram apenas um por cento em 2009, face ao período homólogo.

Assim sendo, na área alimentar, foram vendidos mais produtos, ainda que a preços mais baixos (preço de venda ao público desceu 3,7%). Acresce o facto de ter sido nos bens perecíveis que os portugueses gastaram mais dinheiro (3206 milhões de euros, o que representa uma subida de quatro por cento), sendo que uma das explicações para esta variação está relacionada com uma mudança para hábitos alimentares mais saudáveis.

Relativamente aos produtos mais consumidos no sector alimentar, a quota de mercado nos frescos desceu pouco mais de 1% em 2009 face a 2008, tendo-se também verificado uma quebra de 0,8%, nos lácteos. Enquanto, que a maior alta foi verificada nos congelados, que ganharam mais 0,6% de quota.

Crise das dívidas soberanas

O desdobramento mais recente da crise financeira e econômica internacional de 2008-2011 foi o da insolvência das nações desenvolvidas. O grande acúmulo da dívida governamental fez estourar a capacidade de endividamento dessas nações e causou uma enorme turbulência financeira ao provocar o temor de que essas nações não pudessem honrar com seus compromissos e decretassem o calote da dívida[26]. A principal consequência da crise das dívidas soberanas foi a grande instabilidade social causada pelos cortes dos benefícios sociais.

Em nações como o Japão - que detém o maior percentual de endividamento - a relação dívida/PIB já ultrapassa os 200%. Nos Estados Unidos, entretanto, está maior dívida bruta entre todas as nações do mundo, que já supera os 14,3 trilhões de dólares. Neste ponto aliado ás recentes crises de insolvência na Grécia, Irlanda e Portugal, e ao temor de que a Espanha, a Itália e a Grã Bretanha também não consigam honrar seus compromissos, o mercado financeiro sofreu um forte abalo.

Porém, o estopim da segunda crise - que já vem sendo chamada de "déjà vu de 2008", por acontecer em exatamente três anos depois do primeiro estouro da crise do subprime - se deu na desconfiança de que talvez os EUA não conseguissem honrar com seus compromissos. A crise do limite de dívida dos EUA que levou a um longo processo negocial e de debate no Congresso Americano sobre se o país deveria aumentar o limite de dívida, e, caso afirmativo, em que montante, fez aumentar a especulação internacional sobre a real capacidade de solvência americana. A crise forjou um fim quando um acordo complexo entre ambas as partes conseguiu elevar o limite de gastos em 31 de julho de 2011. Após a sua aprovação no Congresso e Senado, foi ratificado pelo Presidente Barack Obama, ficando o acordo conhecido como Budget Control Act of 2011 em 2 de agosto, data limite para o acordo. Porém o mercado não reagiu positivamente ao acordo, e nos dias que se seguiram, a maior parte das bolsas de valores mundiais fecharam em forte queda.

Crise econômica de 2008-2011 – Wikipédia, a enciclopédia livre

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sábado, 6 de agosto de 2011

Lobista libera verbas e corrompe servidores no Ministério da Agricultura

"Facilitador de negócios", Júlio Fróes tem mais que um escritório clandestino no interior do ministério: ele conta com o aval da cúpula da pasta. É o que mostra reportagem em VEJA desta semana


São Paulo - A reportagem publicada em VEJA desta semana mostra a atuação de um lobista chamado Júlio Fróes, que vem operando dentro do Ministério da Agricultura. “Doutor Júlio”, como é conhecido pelos servidores, goza de privilégios. Tem acesso liberado à entrada privativa do ministério e usa uma sala com computador, telefone e secretária na sobreloja do prédio, onde está instalada a Comissão de Licitação - repartição que elabora as concorrências que, só neste ano, deverão liberar 1,5 bilhão de reais da pasta.

Na semana passada, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi ao Congresso rebater as acusações de que sua pasta se transformou em uma central de negócios, conforme denúncia publicada por VEJA com base em uma entrevista do ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto, irmão do senador Romero Jucá. Depois de cinco horas de audiência, o máximo que o ministro admitiu é que, na Conab, há “imperfeições e não irregularidades”. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz reportagem com novas “imperfeições” da pasta comandada por Rossi.


Em seu escritório clandestino, Julio Fróes prepara editais, analisa processos de licitação e, ao mesmo tempo, cuida dos interesses de empresas que concorrem às verbas. No ano passado, acompanhado pelo secretário executivo Milton Ortolan - braço direito do ministro Wagner Rossi - Fróes se instalou pela primeira vez na sala para redigir um documento que justificava a contratação dos serviços da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foram dois dias de trabalho, ao cabo dos quais o ministro Rossi autorizou a contratação da entidade, sem licitação, com pagamentos de 9 milhões de reais. O representante da fundação beneficiada? O próprio Júlio Froes. Meses mais tarde, o lobista convocou uma reunião com funcionários que o haviam auxiliado na elaboração do documento. O encontro aconteceu na sala da Assessoria Parlamentar, no oitavo andar do ministério. Cada um que chegava recebia uma pasta. As pastas continham dinheiro - uma "agendinha", no dizer do lobista.

Froes também se apresenta como representante do Ministério da Agricultura. Funcionários disseram a VEJA que, em certa ocasião, ele lhes contou como pediu uma "gratificação" de 10% aos donos de uma gráfica - a Gráfica Brasil - em troca da renovação de um contrato com o ministério. Mais ainda: ele assegurou ter agido assim por instrução de Milton Ortolan. "Realmente essa proposta nos foi feita por alguém que se apresentava em nome do ministro", disse à revista um dos responsáveis pela área comercial da empresa.

Lobista libera verbas e corrompe servidores no Ministério da Agricultura - Política - EXAME.com

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

FMI adverte para riscos financeiros e superaquecimento no Brasil

BBC Brasil - Notícias - FMI adverte para riscos financeiros e superaquecimento no Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a advertir, em relatório publicado nesta quarta-feira, que há sinais de superaquecimento na economia brasileira e pediu que o governo continue a adotar medidas para enfrentar pressões como a ameaça de inflação e o excesso de crédito.

O relatório observa que o forte crescimento do PIB brasileiro em 2010, aliado a uma pressão de demanda e nível baixo de desemprego, levaram ao aumento da inflação, que em maio atingiu o teto da banda de flutuação da meta (4,5%), entre 2,5% e 6,5%.

O relatório prevê que o PIB cresça 4,1% neste ano e que a inflação chegue ao final do ano em 6,6%, ligeiramente acima do limite superior da banda.

O FMI avalia que os indicadores financeiros do Brasil são favoráveis, mas pede “uma maior atenção aos riscos financeiros devido ao ritmo de expansão do crédito e à continuada dependência das captações externas”.

Desde 2010 o órgão vem citando preocupações com o que considera sinais de superaquecimento da economia brasileira.

Crédito

A entidade observa que a proporção do crédito no Brasil saltou de 20% do PIB em 2004 para 46% e comenta que o crédito bancário ao setor privado continua em rápida ascensão, com um aumento de 20% em abril de 2011.

O relatório aponta que as medidas já adotadas pelas autoridades brasileiras podem ter ajudado a conter o crédito em alguns setores, mas diz que alguns diretores do Fundo avaliam que elas precisam ser mais amplas para que consigam um efeito maior.

O organismo também recomenda que o governo brasileiro "continue a aplicar medidas de ajuste da política macroeconômica como parte da resposta ao grande fluxo de entrada de capitais", considerando que "o Brasil continua a ser um dos destinos prediletos dos investidores internacionais, um reflexo de suas perspectivas econômicas e rendimentos elevados".

O FMI finaliza seu relatório sugerindo reformas fiscais e medidas para melhorar o ambiente de negócios e aumentar a competitividade, o que "reduziria as taxas de juros, que são estruturalmente elevadas, e favoreceria as perspectivas de crescimento no longo prazo".

Conversa Direta


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Bovespa é uma aventura para mochileiros, diz Financial Times

Bovespa é uma aventura para mochileiros, diz Financial Times - Mercados - EXAME.com

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