”Não existe nada mais subversivo do que um subdesenvolvido erudito” http://bit.ly/b5YfFw

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"Não existe nada mais subversivo do que um subdesenvolvido erudito"



Uma forma de higiêne mental onde busco sintonizar e melhorar a forma de pensar referente aos temas que julgo haver relevancia. UM ABRAÇO e OBRIGADO PELA VISITA, AAah deixem algum comentário, participem da Enquete ou apenas um simples Oii.. é muito importante:



Gilvan Silva Gallo

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Processo que anulou provas da PF na Boi Barrica correu em tempo recorde

Relator do caso no STJ demorou apenas seis dias para elaborar seu voto em prol dos réus, acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e tráfico de influência
BRASÍLIA – O julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou as provas da Operação Boi Barrica tramitou em alta velocidade, driblando a complexidade do caso, sem um pedido de vista e aproveitando a ausência de dois ministros titulares da 6.ª turma. O percurso e o desfecho do julgamento provocam hoje desconforto e desconfiança entre ministros do STJ.

Uma comparação entre a duração dos processos que levaram à anulação de provas de três grandes operações da Polícia Federal – Satiagraha, Castelo de Areia e Boi Barrica – explica por que ministros do tribunal reservadamente levantam dúvidas sobre o julgamento da semana passada que beneficiou diretamente o principal alvo da investigação: Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP).
A mesma 6.ª Turma que anulou sem muitas discussões as provas da Operação Boi Barrica levou aproximadamente dois anos para julgar o processo que contestou as provas da Castelo de Areia. A relatora do processo, ministra Maria Thereza de Assis Moura, demorou oito meses para estudar o caso e elaborar seu voto.

O processo de anulação da Satiagraha tramitou durante um ano e oito meses no STJ. O relator, Adilson Macabu, estudou o processo por cerca de dois meses e meio até levá-lo a julgamento. Nos dois casos, houve pedidos de vista de ministros interessados em analisar melhor o caso.

O relator do processo contra a Operação Boi Barrica, ministro Sebastião Reis Júnior, demorou apenas seis dias para estudar o processo e elaborar um voto de 54 páginas em que julgou serem ilegais as provas obtidas com a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. E de maneira inusual, dizem ministros do STJ, o processo foi julgado em apenas uma sessão, sem que houvesse nenhuma dúvida ou discordância entre os três ministros que participaram da sessão.

O caso chegou ao STJ em dezembro de 2010. No dia seguinte, a liminar pedida pelos advogados foi negada pelo então relator do processo, o desembargador convocado Celso Limongi. Em maio deste ano, Limongi deixou o tribunal. Reis Júnior foi empossado em 13 de junho e no dia 16 soube que passaria a ser o responsável pelo processo.

Apenas três ministros participaram da sessão da 6.ª Turma da semana passada. Um deles foi escolhido de outra turma para completar o quórum e viabilizar o julgamento. Somente Reis Júnior e o desembargador convocado Vasco Della Giustina integravam originalmente a 6.ª Turma.

O recém-empossado Marco Aurélio Bellizze, da 5.ª Turma, foi convocado para completar o quórum e viabilizar o julgamento. Juiz de carreira, ele contou com o apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), durante a disputa pela vaga no STJ.

Senadores que sabatinaram Bellizze afirmam que ele contou ainda com a articulação de Sarney para acelerar sua aprovação no plenário do Senado. A oposição estava barrando a sabatina do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Enquanto ela não fosse feita, a indicação de Bellizze e de outro ministro do STJ – Marco Aurélio Buzzi – ficaria parada. Senadores disseram ter recebido apelos de Sarney para que liberassem a pauta e aprovassem Bellizze e Buzzi.

Os outros dois titulares da turma decidiram não participar do julgamento. Maria Thereza de Assis Moura se declarou impedida. Og Fernandes havia se declarado suspeito e também não participou desse julgamento.

Outro lado. “Neste julgamento, assim como em qualquer outro do qual participei ao longo dos meus mais de 20 anos de magistratura, proferi meu voto por considerar que os elementos colocados no processo eram claros o suficiente para balizar meu entendimento”, argumentou Bellizze. “Não guio os meus votos por influências políticas. Por isso, não considero que minha isenção esteja em questão.”

“Antes de escrever meu relatório, estudei cuidadosamente os autos. Não poderia proceder de outra forma. Só para se ter uma ideia, em agosto proferi mais de 1.400 decisões entre monocráticas e de turma”, defendeu-se Reis Júnior. “O processo em questão entrou na pauta de acordo com o ritmo e trâmite normais do meu gabinete e do STJ.”

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domingo, 18 de setembro de 2011

Todos os olhos voltados para o Banco Central americano

Expectativa é de que os EUA anunciem novas medidas para estimular a economia


Bernanke pode anunciar o esperado "Quantitative Easing 3"

São Paulo – Esta semana é mais uma que reserva um possível anúncio decisivo para o mercado financeiro mundial. Na quarta-feira, o Banco Central dos Estados Unidos pode revelar um novo plano para estimular a economia do país e, em decorrência disso, dar uma animada nas bolsas em todo o mundo.

A expectativa é grande porque o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, já disse que está pronto para usar e que possui as ferramentas necessárias para oferecer um estímulo adicional para a economia americana. A reunião do comitê de política monetária, que normalmente tem um dia, será estendida em mais um justamente para debater um plano. O juro deve ser mantido no intervalo entre 0 e 0,25% ao ano.

A pressão sobre o governo americano cresceu após o anúncio de que nenhuma nova vaga de trabalho foi criada em agosto e que a taxa de desemprego se manteve em 9,1%. Já na segunda-feira, o presidente Barack Obama e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, irão discursar na Casa Branca sobre a crise econômica, com foco na redução do déficit do país.

Na Alemanha, também na segunda-feira, o Comitê de Orçamento do Parlamento irá debater a ampliação do EFSF e a possibilidade de calote da Grécia. As decisões e comentários devem oferecer algum sinal de que uma ajuda para o país europeu será oferecida e aprovada durante votação prevista para ocorrer em 29 de setembro.

Indicadores

Nos EUA, a semana reserva a publicação de indicadores sobre a situação do setor imobiliário, como o Housing Starts, na terça-feira. A expectativa consensual do mercado de 592 mil imóveis em construção no mês de agosto. Na quarta-feira, é a vez do Existing Home Sales, que traz os números das vendas de casas usadas. A estimativa é de 4,7 milhões.

No Brasil, o foco continua sobre a inflação. A FGV traz a segunda prévia do IGP-M de setembro e o IBGE o IPCA-15. Na quinta-feira, o mercado deve acompanhar a Pesquisa Mensal do Emprego de agosto.
Todos os olhos voltados para o Banco Central americano - Mercados - EXAME.com

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Cientista identifica genes que tornam as pessoas 'preguiçosas' .

Cientistas descobriram genes ligado à produção de energia que pode explicar porque algumas pessoas cansam rapidamente enquanto outras parecem ter uma energia inesgotável. Os pesquisadores identificaram os genes que produzem, nos músculos, uma enzima que controla a maneira como os alimentos são transformados em energia. As informações são do jornal britânico Daily Mail. A enzima AMPK é produzida durante o exercício físico e, quanto maior a quantidade gerada, maior o nível de energia. O coordenador do estudo, Gregory Steinberg, disse que a descoberta pode levar à criação de tratamentos para aqueles que têm dificuldade em se exercitar, incluindo obesos e asmáticos. Os pesquisadores criaram camundongos sem o conjunto de genes e registraram que os animais não conseguiam caminhar por mais de 40 min, enquanto os camundongos normais chegavam a correr 1 km em 20 min.Eles acreditam que o efeito em humanos deve ser similar. É a primeira vez que a enzima AMPK é conectada a um conjunto de genes. O estudo foi publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences. O coordenador ressalta que eles também concluíram que, mesmo em pessoas sedentárias, a produção da enzima pode ser estimulada com exercício físico, o processo é apenas mais difícil e demorado.

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ibovespa atingirá 77.000 pontos em 2012, diz Itaú

Expectativa leva em conta um PIB de 4% para o ano que vem, além de Selic na casa de 10%



São Paulo - A equipe do Itaú BBA divulgou hoje seu preço justo para o Ibovespa em 2012: 77.000 pontos. Segundo os analistas, a valorização de 38% em relação ao patamar de hoje será puxada principalmente pelos setores de energia, materiais e finanças.
A expectativa leva em conta um crescimento do PIB de 4% para o ano que vem, além de juros de 10% ao ano para a Selic.

Confira quais são as empresas que devem apresentar melhores resultados no ano que vem segundo a avaliação do Itaú BBA:

Agronegócio - Cosan, São Martinho e Heringer
Bancos e serviços financeiros - Bradesco, Banco do Brasil, Banrisul , ABC Brasil, Cielo, Cetip e Valid
Varejo - Renner, Hering e Arezzo
Oléo, gás e petroquímicas - Ultrapar e Queiroz Galvão
Imóveis - MRV, PDG Realty, Brookfield, Even, BR Properties, Multiplan e BR Malls
Aço, mineração e celulose - Vale, Gerdau e Klabin
Telecom, mídia e tecnologia - Telesp, TIM e Totvs
Transporte, indústria e logística - Ecorodovias, Iochpe Maxion e Santos Brasil
Utilidade pública - Cemig, Cesp e MPX Energia
Ibovespa atingirá 77.000 pontos em 2012, diz Itaú - Guia de Ações - EXAME.com

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA MÊS - SETEMBRO 2ª SEMANA

BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA MÊS - SETEMBRO 2ª SEMANA

• RESULTADOS GERAIS

Nas duas primeiras semanas de setembro de 2011, que totalizaram 6 dias úteis, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,319 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 6,832 bilhões e importações de US$ 5,513 bilhões. No ano, as exportações somam US$ 173,546 bilhões, as importações, US$ 152,267 bilhões, com saldo positivo de US$ 21,279 bilhões.



• ANÁLISE DO MÊS

Nas exportações, comparadas as médias até a 2ª semana de setembro/2011 (US$ 1,139 bilhão) com a de setembro/2010 (US$ 896,8 milhões), houve aumento de 27,0%, em razão do crescimento das exportações das três categorias de produtos: básicos (+27,2%, de US$ 424,1 milhões para US$ 539,3 milhões, por conta, principalmente, de minério de cobre, soja em grão, algodão em bruto, petróleo em bruto, milho em grão, café em grão, carne de frango e bovina e fumo em folhas), semimanufaturados (+49,1%, de US$ 116,6 milhões para US$ 173,9 milhões, por conta de óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto, borracha em bruto, couros e peles, celulose e açúcar em bruto) e manufaturados (+20,3%, de US$ 340,6 milhões para US$ 409,6 milhões, em razão dos crescimentos em polímeros plásticos, tratores, máquinas e aparelhos de terraplanagem, veículo de carga, motores e geradores, partes de motores para veículos, autopeças, açúcar refinado e automóveis de passageiros). Relativamente a agosto/2011, a média diária das exportações cresceu 0,1% (de US$ 1,137 bilhão para US$ 1,139 bilhão), devido ao aumento nas vendas de produtos manufaturados (+5,3%, de US$ 389,1 milhões para US$ 409,6 milhões) e semimanufaturados (+1,6%, de US$ 171,1 milhões para US$ 173,9 milhões), enquanto decresceram as exportações de básicos (-2,8%, de US$ 555,1 milhões para US$ 539,3 milhões).

Nas importações, a média diária até a 2ª semana de setembro/2011, de US$ 918,8 milhões, ficou 8,7% acima da média de setembro/2010 (US$ 845,5 milhões) e 5,2% inferior a agosto/2011 (US$ 968,9 milhões). No comparativo com setembro/2010, aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (+42,7%), cereais e produtos de moagem (+31,0%), cobre e suas obras (+27,7%), veículos automóveis e partes (+20,8%), combustíveis e lubrificantes (+17,3%), farmacêuticos (+16,2%), borracha e obras (+14,4%) e plásticos e obras (+12,5%). Em relação a agosto/2011, houve retração, principalmente, nos seguintes produtos: adubos e fertilizantes (-25,5%), químicos orgânicos/inorgânicos (-17,5%), equipamentos mecânicos (-11,5%), siderúrgicos (-8,7%) e plásticos e obras (-8,2%).
Comércio Exterior » Balança comercial brasileira: semanal - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

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Defendendo empregos | The Economist

Quem são os maiores empregadores do mundo?

Uma das maiores dores de cabeça para políticos em muitos países ricos tem sido a forma de criar postos de trabalho durante um período de austeridade fiscal e crescimento anêmico. O setor privado tem sido lento para gerar empregos, e os gastos do governo de cortes geralmente acabam cortando empregos. E governos empregam muita gente: em nossa tabela das dez maiores empregadores global, abaixo, sete são administrados pelo governo. De defesa da América do departamento havia 3,2 milhões de pessoas em sua folha de pagamento no ano passado, o equivalente a 1% da população do país. China, nação mais populosa do mundo e um grande gastador militar, emprega 2,3 milhões de pessoas em seu exército. E o número de pessoas que trabalham para o Serviço Nacional de Saúde na Inglaterra equivale a mais de 2,5% da população do país. As três empresas privadas são Walmart, McDonald e Hon Hai Empresa de Taiwan Precision Industry, uma subsidiária da Foxconn, que é, uma fabricante de eletrônicos secreta.
Emprego: empregos Defendendo | The Economist

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Inflação vai cair no último trimestre e impacto da crise será menor do que em 2008, diz ata do Copom

RIO - A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta quinta-feira para explicar a redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 12% ao ano , afirma que a queda é "consistente" com a convergência da inflação para a meta (de 4,5% ao ano, com dois pontos percentuais para cima ou para baixo) em 2012 e prevê redução da taxa acumulada em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a partir do quarto trimestre deste ano. Segundo o documento, há espaço para mais quedas "moderadas" da taxa básica de juros (Selic) daqui para frente.

"O Copom prevê que neste trimestre se encerra o ciclo de elevação da inflação acumulada em 12 meses. A partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, ou seja, a mesma passa a se deslocar na direção da trajetória de metas", afirma o comunicado.


Como ficou evidenciado no longo comunicado divulgado após a reunião em 31 de agosto, a redução das projeções de crescimento das economias desenvolvidas, com a piora da crise internacional, foi a principal justificativa para reduzir os juros. Ineditamente, também foi citado que o "esforço fiscal" do governo ajuda a reduzir a demanda e, por consequência, a inflação. Dois dias antes da reunião, o governo aumentou o superávit primário em R$ 10 bilhões, para 3,15% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) segundo os cálculos do BC.

Devido ao teor do comunicado divulgado após a reunião da semana passada, o mercado já esperava que a crise internacional fosse a principal justificativa para o corte de juros. Essa decisão foi considerada surpreendente, porque o modelo tradicional do BC leva em conta a hipótese de manutenção da taxa de câmbio em R$ 1,60 em relação ao dólar e da taxa Selic em 12,50% ao ano, mas ainda assim previa alta da projeção de inflação para 2011, acima do centro da meta (4,5%). Por esse modelo, os analistas de mercado só previam corte de juros se a inflação caísse. Na realidade, a inflação acelerou em agosto e bateu alta de 7,23% em 12 meses, a maior taxa nessa base de comparação desde junho de 2005

Na ata, o BC divulga novas estimativas para a inflação, mas mantém perspectivas anteriores para alguns bens e serviços. A estimativa de reajuste para o preço da gasolina no acumulado de 2011 permaneceu 4,0%, abaixo da elevação realizada no ano até julho (6,3%). A previsão para o reajuste no preço do gás de botijão foi mantida em 0%. A perspectiva de reajuste das tarifas de telefonia fixa e eletricidade, no acumulado de 2011, permeneceram em 0,9% e 4,1% respectivamente. O BC aumentou a projeção de alta dos preços administrados por contrato e monitorados, de 4,9% para 5,0% de crescimento no ano. Até agosto, os preços administrados subiam a uma taxa de 5,72% em 12 meses, então o BC prevê desaceleração nos próximos meses.


Para analista, BC tirou 'coelho do chapéu' para justificar queda nos juros
Mas a utilização de um novo modelo econômico para estimar a evolução dos preços surpreendeu analistas. A tal nova maneira de projetar a inflação aparece no 18º parágrafo da ata e é chamada tecnicamente de "modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico de médio porte". Mas também foi apelidada por técnicos do BC pelo acrônimo SAMBA no trabalho de discussão nº 239 publicado pela autoridade monetária em abril deste ano. Foi uma adaptação de um modelo de projeção utilizado por vários bancos centrais. No caso brasileiro, permite uma simulação matemática de como vai se comportar a taxa de juros conforme muda o superávit primário, a quantidade de famílias ricas e pobres, e outras variáveis que não eram consideradas no modelo tradicional, segundo o economista Fabio Kanczuk, professor da Universidade de São Paulo (USP). Sua utilização foi classificada na ata como uma análise de "cenário alternativo" que prevê uma piora mais persistente da crise internacional do que a verificada em 2008 e 2009, o que deve causar um impacto na economia brasileira equivalente a um quarto (1/4) do realizado após a quebra do banco americano Lehman Brothers, segundo a avaliação do BC.

Por esse "cenário alternativo", a atividade econômica brasileira vai desacelerar, acompanhada por desvalorização do real ante o dólar e queda na taxa básica de juros, o que posicionará a inflação em "patamar inferior" ao que chegaria sem os efeitos da crise internacional. Mas o Banco Central não deixa claro se essa nova projeção, com juros baixos, coloca a inflação dentro da meta, de 4,5% ao fim do ano, com tolerância de dois percentuais para cima ou para baixo.

Para o diretor de pesquisa econômica nas Américas do banco Nomura, Tony Volpon, o uso desse novo modelo foi um "coelho tirado do chapéu" pelo Banco Central para justificar o corte de juros. Isso porque o modelo habitualmente utilizado nas projeções da autoridade monetária não justificaria um corte na taxa de juros, já que não houve queda da taxa de inflação até agosto.


- Eles estão tirando um coelho do chapéu para justificar de maneira técnica a decisão. Talvez o BC venha a argumentar que esse modelo capta melhor o choque externo. Acredito que haverá uma exposição deste modelo no próximo relatório de inflação e que vai servir de justificativa perante o mercado para esse surpreendente corte de juros - disse Volpon ao GLOBO.

Kanczuk, da USP, elogiou a utilização desse novo modelo de projeções pelo BC e considera que o tal "cenário alternativa" trata-se na verdade de como a autoridade monetária espera o comportamento da economia. Para ele, restam apenas duas interpretações agora sobre o motivo do corte de juros:

- Tem duas teorias. Uma é que ocorra uma crise mais forte e tecnicamente é justificável reduzir os juros. Outra teoria é procurar juros menores por ingerência política - afirmou Kanczuk.

Diz o 18º parágrafo da ata, em que o novo modelo é mencionado:

"Um cenário alternativo, construído e analisado sob a perspectiva de um modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico de médio porte, admite que a atual deterioração do cenário internacional cause um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008/2009. Além disso, supõe que a atual deterioração do cenário internacional seja mais persistente do que a verificada em 2008/2009, porém, menos aguda, sem observância de eventos extremos. Nesse cenário alternativo, a atividade econômica doméstica desacelera e, apesar de ocorrer depreciação da taxa de câmbio e de haver redução da taxa básica de juros, entre outros, a taxa de inflação se posiciona em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional", diz o trecho da ata que apresenta o modelo.

Volpon destaca que, independentemente de haver uma justificativa técnica para o corte de juros, o BC mostrou que persegue não só colocar a inflação dentro da meta (2,5% a 6,5%) como manter elevado o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).

- Acredito que o BC está trabalhando com meta dupla, de inflação e crescimento, e que agora estão operando com meta de crescimento dado que a inflação está caindo - disse.

Volpon prevê que a inflação vá ficar perto de ultrapassar a meta em 2011, mas ficar abaixo do teto em 2012. Na terça-feira, ele revisou suas projeções pela primeira vez após o corte de juros. Manteve em 3,6% a previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2011, mas aumentou de 3,6% para 3,9% em 2012. Aumentou também a previsão de inflação, de 5,87% , para 6,25% em 2011; e de 4,72% em 2012, para 6,15%. Já a previsão de taxa Selic em 2011 caiu de 12,50% para 11,00%; e em 2012 também, de 12,50%, para 11,50%. Ele avalia que a última ata do Copom mostrou compromisso do Banco Central em trazer a inflação para o centro da meta (4,5%) em 2012. Para outros analistas, a ausência da palavra "centro" não deixa claro se a taxa prevista do IPCA fica perto de 4,5% ou 6,5% no ano que vem.

- Convergência sempre foi vendida pelo Alexandre Tombini (presidente do Banco Central) como trazer para o centro da meta. Quem opera com inflação abaixo de 6,5% ao ano é o Guido Mantega (ministro da Fazenda) - avalia Volpon.

Justificativa: o cenário internacional
Os diretores do Banco Central consideraram que houve "substancial deterioração" do cenário internacional desde a última reunião do colegiado, o que vai causar "viés desinflacionário". Isso ocorre devido às "reduções generalizadas e de grande magnitude" nas projeções de crescimento para os principais blocos econômicos. Por isso, prevalece um "cenário de restrição fiscal" na zona do euro e nos Estados Unidos, principalmente.

Mas o documento registra que, quanto à decisão de cortar os juros, houve discordância de dois integrantes do colegiado de 7 integrantes do Copom apenas quanto ao momento do corte. Esses dois diretores discordaram de que o cenário atual já apresente condições para uma redução na Selic, embora considerassem que o cenário mudou desde a reunião anterior do órgão e que era preciso reduzir os juros.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/09/08/inflacao-vai-cair-no-ultimo-trimestre-impacto-da-crise-sera-menor-do-que-em-2008-diz-ata-do-copom-925309238.asp#ixzz1XkISpeNn
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

10 remédios que têm efeitos colaterais assustadores

Remédios são coisa séria e devem ser tomados sempre, SEMPRE, com acompanhamento farmacêutico e médico. Às vezes a tentação é muito grande quando aparece uma pílula mágica que, supostamente, pode resolver todos os seus problemas. É o caso do Victoza, um medicamento para diabetes que virou rockstar quando médicos e pacientes viram que ele faz emagrecer muitos quilos em pouco tempo – sem exercícios físicos e, aparentemente, sem efeitos colaterais. Mas cuidado! Substâncias que podem ajudar a melhorar uma parte do organismo muitas vezes podem prejudicar outras – e aí, o acompanhamento profissional é fundamental para checar se o seu corpo pode suportar tal substância, qual será a dosagem, o tempo de uso, se é preciso tomar medicamentos para amenizar os efeitos de outro…



Não existem milagres. Muito cuidado com essas promessas de melhora instantânea, elas podem vir com consequências nem sempre reversíveis (como alguns dos efeitos colaterais dos remédios abaixo).

1. Xenical
Utilizado para auxiliar na perda de peso, tem efeitos colaterais bizarros – e que acontecem com a maioria das pessoas que o utilizam. Nojeiras como “flatulências com perdas oleosas” e “incontinência fecal” são comuns e consideradas efeitos “positivos”, pois significam que a gordura está sendo eliminada do corpo.

2. Mirapexin / Sifról
O tratamento contra o Mal de Parkinson pode ser feito com este medicamento que pode levar à amnésia. Ainda que seja um efeito colateral raro, ele não deve ser descartado! Outras reações, “mais leves”, podem ser convulsões, alucinações, tontura e uma vontade incomum de apostar (que não deve ser confundida com aquele sentimento de sorte que dá na gente quando jogamos na Mega Sena acumulada).

3. Propecia
Indicado contra queda de cabelo, este medicamento pode levar à ginecomastia, ou crescimento de mamas. Mas não ache que ele vai fazer a sua namorada ficar mais gostosa. Este efeito colateral ocorre apenas entre os homens.

4. Enalapril
Hipertensão e insuficiência cardíaca podem ser tratadas com este remédio que pode causar alterações no paladar, zumbido nos ouvidos, ginecomastia (como o Sifról, acima) e disfunção sexual.

5. Plavix
Previne o organismo contra ataques do coração e derrames cerebrais, MAS pode causar hemorragia interna (no estômago, intestinos ou no cérebro), além de insônia e conjuntivite (?).

6. Levaquin
Utilizado no tratamento de alguns tipos de infecção bacteriana, mas pode te transformar em um vampiro – só que sem a parte legal de ter força sobre-humana, ser rápido, lindo, imortal e se alimentar de sangue (ok, essa última parte nem é tão legal). O Levaquin pode levar à fototoxidade – ou seja, causar queimaduras de segundo grau à pele quando exposta ao sol.

7. Champix
Pare de fumar com o auxílio deste remédio e tenha ideias suicidas. Sério. Outro efeito colateral é, claro, o suicídio.

8. Roacutan
Tido como o salvador de vidas dos adolescentes com espinhas, este medicamento é muito do mal, ainda que seja ótimo tratamento contra acne. Entre os efeitos colaterais estão um tipo de pseudotumor cerebral, convulsões, depressão, tentativa de suicídio e suicídio – e estamos falando apenas dos efeitos de ordem cerebral! A lista de reações adversas do Roacutan enche páginas e páginas da bula. (Eu já tomei esse remédio – me livrei da acne e não cometi suicídio. Sou uma sobrevivente?)

9. Celebra
Os medicamentos contra artrite e osteoporose passam por duas vertentes. Ou eles acabam com o seu fígado ou com seus rins. Tomando o Celebra, é possível ter trombose, derrame cerebral, insuficiência renal e cardíaca. Ou seja: ele pode te matar.

10. Avandia
Esta droga utilizada no tratamento de diabetes tipo 2 pode causar, atenção, gravidez! Mas só entre as mulheres, ok? Risos. É que ele pode provocar o reinício da ovulação. Ou seja, faz com que a mulher libere um óvulo fora do ciclo menstrual normal dela. Outros efeitos colaterais são: danos cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais. Por causa dessas reações-mais-que-adversas, o medicamento foi suspenso pela Anvisa no fim de setembro.
10 remédios que têm efeitos colaterais assustadores – Superlistas

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Toxinas de ondes elas vem!

1. Pensamentos obsessivos -

Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos -

Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo -

Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente -

As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: "bons tempos aqueles!", costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão -

Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica "energeticamente obeso", carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal -

Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro -

Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prémio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados

- A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro "escape" de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe "diz" inconscientemente: "você não me terminou! Você não me terminou!" Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza

A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.
Autor Desconhecido


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Conheça os principais critérios para montar uma boa carteira de dividendos

SÃO PAULO - Para o investidor que pretende montar uma carteira com foco em dividendos, alguns critérios básicos são sempre levados em consideração na hora da escolha das ações para compor o portfólio: empresas com geração de caixa mais previsível e pouca sensibilidade a momentos de maior instabilidade na economia - como é o caso de elétricas e empresas de consumo não-cíclico - são apenas alguns dos fatores levados na hora da tomada de decisão sobre quais papéis escolher.

Além disso, companhias com baixos níveis de endividamento e pouca necessidade de investimentos tornam-se ainda mais atrativas, já que empresas consolidadas e com boa saúde financeira poderão destinar uma quantia maior de capital para ser distribuído aos seus acionistas sob forma de dividendos ou juros sobre capital próprio.

Todos esses fatores contribuem na hora da escolha da carteira, no entanto, para definir um portifólio rentável, é preciso aprofundar os conhecimentos em cada um desses requisitos e conhecer o perfil da companhia para que, desta forma, o investidor não caia em ciladas na hora de fazer as suas escolhas.

Isso porque determinadas empresas podem apresentar um dividend yield - a relação entre o valor estimado do dividendo a ser pago por ação e a cotação dessa ação - e, ao mesmo tempo, não ter uma regularidade histórica de distribuição de dividendos e um perfil sólido que torne as suas ações atrativas para esse tipo de investimento.

Ademais, o investidor precisa ter bem definido o tempo esperado para o retorno e estar ciente dos riscos que uma carteira de ações pode trazer, considerando que apesar de mais defensiva, uma carteira de dividendo faz parte do mercado de ações e, com ela, o investidor está assumindo, mesmo que em menor proporção, a volatilidade observada nestas operações.

Perspectivas e setor precisam ser acompanhados

Analistas afirmam que é preciso ficar atento ao perfil administrativo da empresa e ao desempenho do setor do qual ela faz parte, além de acompanhar o histórico da distribuição de dividendos antes de tomar a decisão pelas ações que irão compor a sua carteira com esta estratégia. Alguns setores são historicamente bons pagadores de dividendos, como é o caso do elétrico, que desde novembro de 2010 lidera as indicações nas carteiras de dividendos compiladas mensalmente pelo Portal InfoMoney.

Além desse, outros setores, como de telefonia fixa, saneamento básico e consumo não-cíclico, estão constantemente entre as mais citados pelas casas de research. Para o superintendente-executivo de gestão de patrimômio do HSBC, Gilberto Poso, estas preferências se repetem por conta da previsibilidade e estabilidade das receitas dessas companhias.

"No setor de energia, por exemplo, independente da situação econômica, a variação do consumo de energia não sofre grandes alterações. Além disso, nessas empresas não existe uma necessidade significativa de investimentos, por não se tratarem de empresas com grandes planos de expansão", explica o analista.

Yields atrativos? Fique atento!
Em um primeiro momento, companhias de setores menos sólidos podem chamar a atenção dos investidores por apresentarem bons dividend yields, que podem estar ligados mais à uma desvalorização do preço da ação (ou seja, o denominador do múltiplo) do que propriamente um aumento no dividendo pago por ação (o numerador do múltiplo) em um período específico.

De acordo com o analista da Citi Corretora, Hugo Rosa, o setor financeiro, por exemplo, tem ganhado mais espaço nas carteiras das corretoras devido às fortes quedas das ações no ano de 2011, ajudando a elevar o yield de dividendos. Aliado a isso, essas companhias possuem, na opinião do analista, um valuation bastante atrativo, bem como fundamentos bastante sólidos, o que contribuiu para serem consideradas nos portifólios das corretoras.

No entanto, é preciso ficar atento na hora de optar por setores menos tradicionais para compor uma carteira de dividendos. Segundo Rosa, uma empresa com histórico limitado em bolsa pode, em um determinado momento, reduzir o seu "pay-out" (dividendo pago por ação sobre o lucro por ação) para priorizar novos investimentos, fato mais difícil de acontecer em setores altamente regulados.

Segundo Rosa, um exemplo de setor atípico que atualmente encontra-se na lista das melhores distribuidoras de dividendos é o de bens de capital. Contudo, apesar do dividend yield atraente, o analista explica que trata-se de um setor cíclico e, por conta disso, é composto por empresas que demoram a se recuperar em momentos de crise.

"Um iniciante no mercado de capitais poderia montar uma carteira com empresas desse setor acreditando que oferece alguma proteção em mercado de baixa. Mas, na realidade, a vulnerabilidade dessas empresas, no caso de a ecconomia se desaquecer, é muito maior", alerta.

É preciso clareza na definição de prazos
Embora as companhias que fazem parte de uma carteira de dividendos tenham um perfil mais estável, o fato de que elas são empresas negociadas no mercado ações podem eventualmente torná-las sujeitas a algumas oscilações de curto prazo. Por conta disso, o analista Gilberto Poso explica que é preciso que o investidor defina um prazo para que essas oscilações ocorram sem afetar os resultados da distribuição de dividendo pela companhia.


Além disso, o investidor deve estar ciente que o pagamento de dividendos não ocorre de maneira frequente, como no pagamento de um aluguel, por exemplo, que é realizado mensalmente. Como o dividendo é a parte do lucro líquido da empresa, o acionista deixará de receber essa quantia caso essa companhia tenha um lucro igual ou menor a zero - ou seja, que ela tenha prejuízo líquido no período.

Além do mais, existem diversos prazos diferentes de dividendos pagos: há o caso de alguns bancos, como Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), que distribuem uma quantia mensal de dividendos. Também há outras empresas que realizam essa remuneração a cada trimestre, semestre ou até a cada 12 meses. Por conta disso, ao optar por uma carteira de dividendos, é preciso que o investidor tenha disponibilidade para alocar esses recursos por um prazo mais longo."O investidor deve ter disponibilidade para com esse recurso investido por no mínimo dois ou três anos", aconselha o analista.

Como as corretoras definem o entra e sai nas carteiras?
As alterações de empresas não é tão constante quando se trata de carteiras de dividendos. No entanto, eventuais retiradas de ações são realizadas nas carteiras mensais sugeridas mensalmente por corretoras.

Conforme explica Jae Ho Ko, do departamento de análise da Magliano Corretora, um dos pontos que podem ser acompanhados é uma possível alteração no estatuto de cada companhia. Segundo ele, apesar de ser exigido o pagamento mínimo de 25% em dividendos, nem sempre a empresa paga exatamente o que está no estatuto, podendo, em alguns casos, ser distribuido até 100% do valor do lucro, o que torna esses ativos mais atraentes nesse tipo de estratégia.

Além disso, para optar por incluir ou retirar uma ação da carteira é importante ficar atento se a quantidade de dividendos distribuídos não sofreu alteração por conta de ações específicas anunciadas pela empresa. "De repente, por conta de um projeto que a empresa não vai executar em um determinado momento e para não manter o dinheiro em caixa, o que às vezes não compensa, e a empresa opta por distribuir esses dividendos. Em outros casos, a companhia para de pagar porque assumiu um projeto que vai investir por cinco anos e, nesse período, anuncia a redução de distribuição de dividendos. Neste caso, optamos por retirar as ações desta companha da carteira", explica o analista



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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Paralisação de montadoras?? Para reduzir estoques ou desaceleração do consumo? 05/09/2011

SÃO PAULO - Diante da necessidade de ajustar estoques, as montadoras seguem reduzindo o ritmo de produção. A Fiat decidiu conceder folga a parte de seus funcionários na fábrica de Betim (MG) entre hoje e amanhã. Os funcionários só voltam a trabalhar na quinta-feira, já que a unidade não vai operar no feriado do Dia da Independência, na quarta-feira. A assessoria de imprensa da montadora de origem italiana informou que as folgas serão dadas para algumas áreas de produção, mas não tinha informações sobre o número de funcionários envolvidos. De acordo com a empresa, serão feitos trabalhos de manutenção nas áreas paralisadas nesses dias. Na Ford, serão dadas férias de duas semanas para 1,3 mil dos 1,6 mil funcionários da fábrica de componentes em Taubaté (SP). As paradas vão ocorrer em datas distintas para as áreas de transmissão e motores Rocam, fundição e motores Sigma. Hoje, após duas semanas, os 300 funcionários que estavam em férias na fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos voltaram a trabalhar. Cerca de 1,5 mil carros deixaram de ser produzidos no período. A montadora diz que, no momento, não há mais férias programadas. Em Gravataí (RS), a GM suspendeu um sábado de trabalho extra que estava previsto para este mês. Outros dois sábados extras foram suspensos em agosto. A Volkswagen diz que também está tomando medidas para adequar seus estoques, mas não comentou as últimas informações de sindicatos sobre a paralisação de atividades em algumas de suas fábricas. Aproximadamente 4,5 mil funcionários da Volks em Taubaté não vão trabalhar nesta semana, conforme informações do sindicato dos metalúrgicos da região.


A paralisação acontece hoje, amanhã, quinta-feira e sexta-feira, além do feriado na quarta-feira, quando o expediente já não estava previsto. Os dias parados serão descontados do banco de horas.Já o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba informou que a fábrica da Volks em São José dos Pinhais ficará parada nesta semana. (Eduardo Laguna | Valor)

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Fim do voto secreto encontra resistência entre parlamentares do PT

Discussão ressurgiu depois que Jaqueline Roriz escapou da cassação - mesmo flagrada recebendo dinheiro sujo.

A vergonhosa absolvição de Jaqueline Roriz (PMN-DF) trouxe novamente à tona a discussão sobre o fim do voto secreto no Congresso. O tema não é novo. Em 2001, quase dez projetos semelhantes foram condensados em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acabava com o sigilo do voto nas duas Casas e foi aprovada em primeiro turno, na Câmara, em 2006. De lá pra cá, no entanto, o projeto adormeceu por falta de consenso.

Filmada recebendo dinheiro do Mensalão do DEM em Brasília, a parlamentar escapou da cassação por larga vantagem. Parlamentares temiam que punição abrisse precedentes

Antonio Reguffe: "O voto secreto é a matriz da indústria da impunidade no Congresso" (Gustavo Lima/Agência Câmara)

Pelas regras em vigor, o voto secreto é usado para decidir se deputados perderão o mandato, na apreciação de votos do Executivo e nos casos em que a Câmara tem de referendar a prisão em flagrante de colegas. No Senado, o sigilo vale também para a apreciação de autoridades indicadas pelo Executivo, como embaixadores. Depois da absolvição de Jaqueline, os deputados Dimas Ramalho (PPS-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e Amauri Teixeira (PT-BA) apresentaram requerimentos pedindo que a proposta que extingue o voto segredo volte à pauta do plenário - o que só deve ocorrer se houver um improvável acordo entre os líderes.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), é contra a proposta. Ele defende a permanência do modelo atual. E explica: "Não conheço nenhuma democracia do mundo que não tenha voto secreto. Sou radicalmente contra a ideia de voto aberto para tudo". De acordo com ele, em muitos casos a pressão do governo e dos interesse envolvidos pode ser maior do que a do eleitor, o que tira a independência dos parlamentares. Vaccarezza tem um argumento curioso: diz que, quando o acesso da população à internet for mais massificado, fará sentido pôr fim ao sigilo, já que a cobrança do cidadão comum sobre o seu representante será mais intensa.



Para o líder do PSDB na Casa, Duarte Nogueira (SP), o voto deve ser sigiloso em situações como a derrubada de vetos e os processos de cassação. "É importante para proteger a liberdade de consciência do parlamentar, de forma que ele não fique dependente das pressões", avalia. O tucano reconhece, entretanto, que há posições divergentes na bancada e diz que os deputados do PSDB irão discutir o assunto para definir um posicionamento mais claro.

Transparência - Já o deputado Antonio Reguffe (PDT-DF) defende o fim de todo o tipo de votação secreta. Para ele, a transparência deve ser uma prioridade dos ocupantes de cargo público. "O eleitor tem que ter o direito de saber como vota o seu representante. Até para que ele possa acompanhar, fiscalizar e julgar. O voto secreto é a matriz da indústria da impunidade no Congresso", diz ele.

Reguffe é oriundo da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a primeira assembleia do país a abolir totalmente o voto secreto. A medida foi implementada na gestão de Leonardo Prudente (ex-DEM), então presidente da Casa, em uma cruzada pela transparência. Ironicamente, o próprio Prudente renunciou para não ser cassado, em 2010, depois de ser flagrado escondendo maços de dinheiro na meia.

Outro colega flagrado em negociações nada republicanas, Júnior Brunelli (ex-PSC), imitou Prudente. Na mesma época, Eurides Brito (PMDB), perdeu o mandato - em votação aberta - por motivo semelhante. Na ocasião, Jaqueline Roriz era oposição na Câmara Legislativa e aproveitou para explorar o caso politicamente: votou pela cassação e chamou a colega de "cara de pau". Um ano depois, Jaqueline foi salva por colegas que merecem o mesmo epíteto.

Cinismo - Em seu discurso, a deputada pouco falou a respeito das acusações: fez um pronunciamento sentimentalista: "Esse julgamento histórico, haverá de prevalecer o respeito à pessoa humana e o respeito às leis deste país", disse ela. A parlamentar criticou os interesses dos que a acusam e querem "se apresentar como paladinos da moralidade".

A filha do ex-governador Joaquim Roriz não negou ter recebido dinheiro de origem ilícita. Prendeu-se apenas a um detalhe técnico: "Em 2006, eu era uma cidadã comum, não era deputada nem funcionária pública. Portanto, não estava submetida ao Código de Ética da Câmara”, afirmou.

Jaqueline estava em dúvida se deveria discursar: decidiu subir à tribuna pela primeira vez em seu mandato para não cometer um gesto que desagradasse os colegas. Ao fim do discurso, ela foi vaiada por manifestantes que ocupam as galerias da Casa. O advogado Eduardo Alckmin falou antes de Jaqueline. Ele sustentou a tese de que a punição não poderia ser aplicada porque, quando recebeu o dinheiro sujo, a deputada ainda não ocupava cargo público.

Conheça alguns absurdos da votação secreta:


Em 2007, os senadores aproveitaram o sigilo do voto para livrar o peemedebista RENAN Calheiros, que estava na presidência da Casa e era acusado de ter despesas pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. Como se não bastasse, Renan foi salvo uma segunda vez no mesmo ano, quando era acusado de ter usado laranjas para comprar uma empresa de comunicação

Nada menos do que 12 deputados envolvidos no escândalo do Mensalão foram absolvidos pelos colegas. Só três foram punidos e tiveram os mandatos cassados: José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-PE). Outros três renunciaram.

Uma divisão na base aliada permitiu a vitória de Severino Cavalcanti (PP-PE) na disputa pela Presidência da Câmara. Deu no que deu: três anos depois, flagrado negociando um "mensalinho" com o dono de um restaurante alojado na Câmara, ele renunciou para não ser cassado.

Vingança: Nicolao Dino teve indicação barrada após atuar contra corrupção

Em 2009, os senadores rejeitaram as indicações de Nicolao Dino e Diaulas Ribeiro para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A medida foi tomada como uma represália de alguns parlamentares, devido à atuação da dupla (especialmente Dino) no combate à corrupção. A votação secreta permitiu a vingança.


Fim do voto secreto encontra resistência de líderes - Brasil - Notícia - VEJA.com
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