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"Não existe nada mais subversivo do que um subdesenvolvido erudito"



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Gilvan Silva Gallo

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Inflação vai cair no último trimestre e impacto da crise será menor do que em 2008, diz ata do Copom

RIO - A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta quinta-feira para explicar a redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 12% ao ano , afirma que a queda é "consistente" com a convergência da inflação para a meta (de 4,5% ao ano, com dois pontos percentuais para cima ou para baixo) em 2012 e prevê redução da taxa acumulada em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a partir do quarto trimestre deste ano. Segundo o documento, há espaço para mais quedas "moderadas" da taxa básica de juros (Selic) daqui para frente.

"O Copom prevê que neste trimestre se encerra o ciclo de elevação da inflação acumulada em 12 meses. A partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, ou seja, a mesma passa a se deslocar na direção da trajetória de metas", afirma o comunicado.


Como ficou evidenciado no longo comunicado divulgado após a reunião em 31 de agosto, a redução das projeções de crescimento das economias desenvolvidas, com a piora da crise internacional, foi a principal justificativa para reduzir os juros. Ineditamente, também foi citado que o "esforço fiscal" do governo ajuda a reduzir a demanda e, por consequência, a inflação. Dois dias antes da reunião, o governo aumentou o superávit primário em R$ 10 bilhões, para 3,15% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) segundo os cálculos do BC.

Devido ao teor do comunicado divulgado após a reunião da semana passada, o mercado já esperava que a crise internacional fosse a principal justificativa para o corte de juros. Essa decisão foi considerada surpreendente, porque o modelo tradicional do BC leva em conta a hipótese de manutenção da taxa de câmbio em R$ 1,60 em relação ao dólar e da taxa Selic em 12,50% ao ano, mas ainda assim previa alta da projeção de inflação para 2011, acima do centro da meta (4,5%). Por esse modelo, os analistas de mercado só previam corte de juros se a inflação caísse. Na realidade, a inflação acelerou em agosto e bateu alta de 7,23% em 12 meses, a maior taxa nessa base de comparação desde junho de 2005

Na ata, o BC divulga novas estimativas para a inflação, mas mantém perspectivas anteriores para alguns bens e serviços. A estimativa de reajuste para o preço da gasolina no acumulado de 2011 permaneceu 4,0%, abaixo da elevação realizada no ano até julho (6,3%). A previsão para o reajuste no preço do gás de botijão foi mantida em 0%. A perspectiva de reajuste das tarifas de telefonia fixa e eletricidade, no acumulado de 2011, permeneceram em 0,9% e 4,1% respectivamente. O BC aumentou a projeção de alta dos preços administrados por contrato e monitorados, de 4,9% para 5,0% de crescimento no ano. Até agosto, os preços administrados subiam a uma taxa de 5,72% em 12 meses, então o BC prevê desaceleração nos próximos meses.


Para analista, BC tirou 'coelho do chapéu' para justificar queda nos juros
Mas a utilização de um novo modelo econômico para estimar a evolução dos preços surpreendeu analistas. A tal nova maneira de projetar a inflação aparece no 18º parágrafo da ata e é chamada tecnicamente de "modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico de médio porte". Mas também foi apelidada por técnicos do BC pelo acrônimo SAMBA no trabalho de discussão nº 239 publicado pela autoridade monetária em abril deste ano. Foi uma adaptação de um modelo de projeção utilizado por vários bancos centrais. No caso brasileiro, permite uma simulação matemática de como vai se comportar a taxa de juros conforme muda o superávit primário, a quantidade de famílias ricas e pobres, e outras variáveis que não eram consideradas no modelo tradicional, segundo o economista Fabio Kanczuk, professor da Universidade de São Paulo (USP). Sua utilização foi classificada na ata como uma análise de "cenário alternativo" que prevê uma piora mais persistente da crise internacional do que a verificada em 2008 e 2009, o que deve causar um impacto na economia brasileira equivalente a um quarto (1/4) do realizado após a quebra do banco americano Lehman Brothers, segundo a avaliação do BC.

Por esse "cenário alternativo", a atividade econômica brasileira vai desacelerar, acompanhada por desvalorização do real ante o dólar e queda na taxa básica de juros, o que posicionará a inflação em "patamar inferior" ao que chegaria sem os efeitos da crise internacional. Mas o Banco Central não deixa claro se essa nova projeção, com juros baixos, coloca a inflação dentro da meta, de 4,5% ao fim do ano, com tolerância de dois percentuais para cima ou para baixo.

Para o diretor de pesquisa econômica nas Américas do banco Nomura, Tony Volpon, o uso desse novo modelo foi um "coelho tirado do chapéu" pelo Banco Central para justificar o corte de juros. Isso porque o modelo habitualmente utilizado nas projeções da autoridade monetária não justificaria um corte na taxa de juros, já que não houve queda da taxa de inflação até agosto.


- Eles estão tirando um coelho do chapéu para justificar de maneira técnica a decisão. Talvez o BC venha a argumentar que esse modelo capta melhor o choque externo. Acredito que haverá uma exposição deste modelo no próximo relatório de inflação e que vai servir de justificativa perante o mercado para esse surpreendente corte de juros - disse Volpon ao GLOBO.

Kanczuk, da USP, elogiou a utilização desse novo modelo de projeções pelo BC e considera que o tal "cenário alternativa" trata-se na verdade de como a autoridade monetária espera o comportamento da economia. Para ele, restam apenas duas interpretações agora sobre o motivo do corte de juros:

- Tem duas teorias. Uma é que ocorra uma crise mais forte e tecnicamente é justificável reduzir os juros. Outra teoria é procurar juros menores por ingerência política - afirmou Kanczuk.

Diz o 18º parágrafo da ata, em que o novo modelo é mencionado:

"Um cenário alternativo, construído e analisado sob a perspectiva de um modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico de médio porte, admite que a atual deterioração do cenário internacional cause um impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do impacto observado durante a crise internacional de 2008/2009. Além disso, supõe que a atual deterioração do cenário internacional seja mais persistente do que a verificada em 2008/2009, porém, menos aguda, sem observância de eventos extremos. Nesse cenário alternativo, a atividade econômica doméstica desacelera e, apesar de ocorrer depreciação da taxa de câmbio e de haver redução da taxa básica de juros, entre outros, a taxa de inflação se posiciona em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional", diz o trecho da ata que apresenta o modelo.

Volpon destaca que, independentemente de haver uma justificativa técnica para o corte de juros, o BC mostrou que persegue não só colocar a inflação dentro da meta (2,5% a 6,5%) como manter elevado o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).

- Acredito que o BC está trabalhando com meta dupla, de inflação e crescimento, e que agora estão operando com meta de crescimento dado que a inflação está caindo - disse.

Volpon prevê que a inflação vá ficar perto de ultrapassar a meta em 2011, mas ficar abaixo do teto em 2012. Na terça-feira, ele revisou suas projeções pela primeira vez após o corte de juros. Manteve em 3,6% a previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2011, mas aumentou de 3,6% para 3,9% em 2012. Aumentou também a previsão de inflação, de 5,87% , para 6,25% em 2011; e de 4,72% em 2012, para 6,15%. Já a previsão de taxa Selic em 2011 caiu de 12,50% para 11,00%; e em 2012 também, de 12,50%, para 11,50%. Ele avalia que a última ata do Copom mostrou compromisso do Banco Central em trazer a inflação para o centro da meta (4,5%) em 2012. Para outros analistas, a ausência da palavra "centro" não deixa claro se a taxa prevista do IPCA fica perto de 4,5% ou 6,5% no ano que vem.

- Convergência sempre foi vendida pelo Alexandre Tombini (presidente do Banco Central) como trazer para o centro da meta. Quem opera com inflação abaixo de 6,5% ao ano é o Guido Mantega (ministro da Fazenda) - avalia Volpon.

Justificativa: o cenário internacional
Os diretores do Banco Central consideraram que houve "substancial deterioração" do cenário internacional desde a última reunião do colegiado, o que vai causar "viés desinflacionário". Isso ocorre devido às "reduções generalizadas e de grande magnitude" nas projeções de crescimento para os principais blocos econômicos. Por isso, prevalece um "cenário de restrição fiscal" na zona do euro e nos Estados Unidos, principalmente.

Mas o documento registra que, quanto à decisão de cortar os juros, houve discordância de dois integrantes do colegiado de 7 integrantes do Copom apenas quanto ao momento do corte. Esses dois diretores discordaram de que o cenário atual já apresente condições para uma redução na Selic, embora considerassem que o cenário mudou desde a reunião anterior do órgão e que era preciso reduzir os juros.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/09/08/inflacao-vai-cair-no-ultimo-trimestre-impacto-da-crise-sera-menor-do-que-em-2008-diz-ata-do-copom-925309238.asp#ixzz1XkISpeNn
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